Aviação de negócios é setor promissor
O luxo é a eficiência não conhecem crise. Em meio à grave crise das companhias que fazem vôos de linha, na aviação de negócios o ambiente é de entusiasmo.
Durante 3 dias (7, 8 e 9) a grande maioria dessas empresas estiveram em Genebra participando do Ebace – único salão da aviação corporativa da Europa.
Em apenas três anos, o Ebace – Salão da Aviação de Negócios, Exposição e Conferências – já se tornou obrigatório para as empresas que operam no setor da aviação corporativa.
Segurança e agilidade
Transportar executivos é um bom negócio e o crescimento do salão de Genebra reflete o entusiasmo do setor: 235 expositores (+9%) e 37 aviões (+12%) abertos aos 5 mil visitantes.
“Queremos continuar crescendo e Genebra é uma região perfeitamente adapatada aos nossos projetos”, afirma Fernand François, presidente da Associação Européia de Aviação de Negócios (EBAA).
“Essa concepção do transporte de executivos está definitivamente instalada como algo positivo e a Embraer está muito bem posicionada nesse mercado”, declarou à swissinfo Luiz Fernando Fuchs, vice presidente e diretor geral da empresa brasileira para Europa, Oriente Médio e África.
“Com os enormes problemas, principalmente com segurança, que complicam e provocam atrasos no transporte aéreo atualmente, a aviação corporativa vai crescer muito”, afirmou à swissinfo Moritz Sutter, ex-diretor da Crossair e um dos maiores conhecedores da aviação na Suíça.
Vendas crescem
“Esses aviões executivos podem operar em aeroportos menores, com mais eficiência e menos perda de tempo e de estresse para os passageiros, por isso têm muito futuro”, acrescenta Sutter.
A aviação de negócios tem dois grandes setores. A aviação corporativa, em que empresas e particulares possuem seus próprios aparelhos, e as empresas de taxi aéreo. Estas mantém cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos, só na Europa.
Existem cerca de 22.500 aviões executivos no mundo atualmente. Estados Unidos e Canadá representam mais de dois terços do mercado, com pouco mais de 16 mil aviões executivos em operação.
A Europa é o segundo mercado com 2.289 aparelhos. “Um terço do nosso movimento é da aviação de negócios”, afirma Philippe Roy, porta-voz do aeroporto internacional de Genebra.
“Constatamos um crescimento do mercado europeu nos últimos anos e achamos que ele tem um bom potencial”, afirma Luiz Fernando Fuchs, da Embraer.
Frota nova
Segundo a Associação Européia das Indústrias Aeronáuticas, o faturamento global do setor na Europa é da ordem de 5,4 bilhões de euros, incluindo produção, manutenção e operações da aviação de negócios.
Depois de uma estagnação temporária para renovação da frota, as vendas globais de aeronaves voltaram a crescer 10% em 2001, conforme dados da Associação Européia de Aviação de Negócios (EBAA). A idade média da frota seria atualmente de menos de 11 anos.
swissinfo, Claudinê Gonçalves
– O Ebace reune anualmente em Genebra, fabricantes de aviões, de componentes e empresas de serviços as mais variadas ligadas ao setor.
– É a oportunidade para as indústrias do setor compararem seus modelos com os da concorrência.
– Dificilmente se fecham negócios durante o Ebace mas os clientes indecisos podem comparar os últimos detalhes.
– É a oportunidade para clientes compararem os diversos modelos e discutirem com engenheiros, dirigentes das empresas e até com pilotos.
– Um avião executivo pode custar entre 3,2 milhões de dólares (monomotor Pilatus) a dezenas de milhões de dólares, dependendo do tamanho e das opções.
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