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Embraer se posiciona

Habituada a competir, a Embraer quer ampliar sua participação no mercado em expansão da aviação de negócios, com duas versões do Legacy.

74 aviões já foram vendidos e 16 entregues. O principal mercado é o dos EUA, mas a Embraer vê perspectivas na Europa, Oriente Médio, África e América Latina.

“Estamos bem posicionados nos Estados Unidos mas o mercado europeu está crescendo e também vemos possibilidades no Oriente Médio e na África do Sul”, afirma o vice presidente da Embraer, Luiz Fernando Fuchs.

Duas versões

Ele dirigia a Embraer em Singapura mas foi recentemente transferido para a Embraer Europa, de onde vai comandar os negócios com a Europa, Oriente Médio e África.

A agenda de Fuchs estava tão cheia no Ebace, único salão europeu da aviação de negócios, em Genebra, que ele dizia, sorrindo, que tinha de pedir licença às pessoas para ir ao banheiro.

A culpa é do Legacy, por enquanto o único avião da Embraer destinado ao transporte de executivos. O bireator tem duas versões: Shuttle, de 16 ou 19 lugares, e a Executiva, entre 10 e 18 passageiros.

Como os concorrentes da mesma categoria (Gulfstream, Bombardier e Dassaut) o avião da Embraer é muito confortável, tem acabamento esmerado e é dotado dos mais modernos sistemas de navegação e comunicação.

Vantagem competitiva

“A Embraer muito bem situada nesse mercado porque temos um produto baseado numa plataforma muito bem provada no mundo e que, por isso, oferece um baixo custo de manutenção, um conforto excepcional e de um valor excepcional”, afirma Fuchs.

A plataforma sobre a qual está baseado o Legacy são os E-135 e 145, vendidos a mais de 700 exemplares pela Embraer.

“A Europa tem o maior potencial de crescimento atualmente mas também o Oriente Médio e, talvez a curto prazo, a África do Sul”, acrescenta o vice presidente da Embraer.

Mercados diferentes

Ele exeplica que esses mercados são um pouco distintos. Na África do Sul, as negociações seriam com o governo, na Europa e no Oriente Médio, com empresas aéreas e com clientes privados.

“Na América Latina, o setor privado é extremamente forte e o crescimento dos aviões executivos é muito notório no Brasil”, afirma Fuchs. “Nos outros países, o setor governamental prevalece”, acrescenta.

A Embraer participa do Ebace desde a primeira edição, em 2000, e ampliou sua participação este ano. “É o lugar ideal para contatar os grandes clientes não somente europeus mas também de outros continentes”, conclui Luiz Eduardo Fuchs.

swissinfo, Claudinê Gonçalves

– O Ebace, em Genebra, é o lugar privilegiado para encontrar grandes clientes e observar a concorrência.

– O Legacy da Embraer tem duas versões, uma para transporte de funcionários (Shuttle) e outra mais luxuosa e confortável (Executiva).

– Os clientes são privados, empresas aéreas e governos, dependendo do país.

– No Brasil, o mercado privado é o mais forte.

– Um banqueiro brasileiro tem um Legacy Executivo e outros clientes estariam na fila de espera.

– A Embraer já assinou contrato para a venda de 74 Legacy; 16 já foram entregues.

– Um Legacy Executivo custa quase 21 milhões de dólares.

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