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Brasil produz figurinhas da Eurocopa

A febre das figurinhas contagia os pequenos torcedores. Keystone

Começa na Suíça a caça às figurinhas dos jogadores que disputarão a Eurocopa 2008. A produção para a Europa é em Módena; para a América do Sul elas são impressas em São Paulo.

Os suíços são campeões mundiais em colecionar os chamados “Paninis”. Antes da Copa de 2006, compraram 60 milhões de pacotes de figurinhas – oito por habitante.

Tradicional passatempo dos fãs de futebol às vésperas das Eurocopas ou Copas do Mundo, a partir desta quinta-feira (10/04) o álbum de figurinhas deve gerar uma corrida às bancas da Suíça.

A “paninite” no país co-anfitrião do torneio começa com um álbum especial da seleção helvética, com 40 figurinhas, o dobro do número normal. É a primeira vez que a empresa italiana que empresta seu nome às figurinhas faz isso com um produto internacional.

“A Suíça terá direito a 20 retratos adicionais que mostram jogadores em ação e imagens do público. Haverá igualmente fotos da seleção, dos mascotes Trix e Flix, dos estádios e das cidades-sede”, explica Silvia Losi, responsável da Panini para a Suíça.

Segundo ela, essa edição especial é uma recompensa para os clientes suíços. “Nenhum outro país, nem mesmo a Áustria, terá esse privilégio”, explica.

Para completar o álbum da Eurocopa, disputada por 16 países, o colecionador precisa colar 555 figurinhas. Na melhor das hipóteses, a brincadeira custa 113 francos suíços.

Na Copa 2006, com 32 equipes participantes, eram necessárias 596 fotos. Naquele torneio, os alemães compraram 110 milhões de pacotes (dois por habitante), ficando em segundo lugar atrás da Suíça.

Receita de 63 milhões de francos

“Estimamos que neste ano sejam vendidas cerca de 300 milhões de figurinhas na Suíça”, diz Stefan Knuchel, porta-voz da Valora AG, uma das maiores vendedoras do produto no país.

Isso seria exatamente tantas quantas foram vendidas antes do Mundial há dois anos, só que na época eram necessários 10% a mais dos retratinhos para completar um álbum.

Cada pacote com cinco unidade custa dois francos suíços. Se confirmadas as estimativas de vendas de 1,7 milhão de álbum e 60 milhões de pacotinhos, o faturamento com o negócio seria de aproximadamente 63 milhões de francos – só na Suíça.

Uma parte da receita vai para a Associação Suíça de Futebol (ASF), que vendeu os direitos de uso da imagem à Panini. A seleção suíça também ganha com a “panitite”, mas a ASF não revela quanto.

A associação e empresa italiana decidiram em meados de fevereiro o nome dos jogadores que entrariam no álbum. Por isso, pode ser que convocados de última hora não façam parte da coleção.

A escolha foi problemática, porque a maioria dos treinadores ainda não definiu as equipes que levarão ao Euro. “Analisamos as estatísticas das partidas oficiais e dos amistosos. Igualmente consultamos as federações. Em caso de dúvidas, enviamos nossa lista para ver se ela estava correta. Graças a isso, os erros são raros”, explica Silvia Losi.

swissinfo, Geraldo Hoffmann e Pascal Dupasquier (La Liberté)

Fundada em 1961 em Módena, pelos irmãos Panini, com o lançamento da primeira coleção do Campeonato Italiano de Futebol, a empresa italiana não tem filial na Suíça, seu maior cliente, mas no Chile e no Brasil.

Para a Europa, as figurinhas são produzidas na sede italiana da empresa; para os países da América do Sul, a produção é na Panini Brasil Ltda, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.

O grupo registrou um faturamento de 579 milhões de euros em 2006, possui 705 colaboradores e distribui produtos em mais de 110 países.

Além da divisão de figurinhas e cards, a empresa tem uma divisão de histórias em quadrinhos, divisão New Media (responsável por serviços via internet) e uma companhia de distribuição de revistas em quadrinhos.

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