Brasileiro já foi extraditado para Argentina
Wilson dos Santos, 45 anos, viajou sexta-feira de Zurique para Buenos Aires, sob escolta de dois policiais argentinos. Preso desde março na Suíça, Wilson é considerado testemunha-chave do antentado anti-semita em julho de 1994, que provocou 86 mortes.
A extradição foi confirmada pelo Ministério da Justiça e Polícia, em Berna. Wilson dos Santos, 45 anos, viajou sexta-feira à noite de Zurique para Buenos Aires, escoltado por dois policiais argentinos.
A extradição era inevitável depois que o Supremo Tribunal Suíço rejeitou recurso contra a extradição solicitada pela Argentina. Wilson estava preso em Zurique desde março, sob mandado internacional expedido pelo juiz argentino Claudio Bonadio e executado pela Interpol, polícia internacional.
Wilson dos Santos já foi interrogado pela Justiça argentina no inquérito do antentado anti-semita de Buenos Aires, que provocou 86 mortos e 300 feridos, em julho de 1994, ainda não elucidado. Mas o juiz Claudio Bonadio o acusa de falso testemunho.
Ele teria afirmado que advertira o Consulado argentino antes do antentado mas que não teria sido levado a sério. O brasileiro afirmara que soube do atentado através de uma cidadã iraniana, sua ex-mulher.
Dias atrás, antes da extradição, fonte do Consulado brasileiro em Zurique afirmou à Swissinfo, que Wilson investigava o atentado para escrever um livro. O Consulado também nada pode fazer para impedir a extradição por tratar-se de regras do direito internacional.
Contatado por Swissinfo, o advogado suíço Sylvain Dreifuss negou-se a fazer qualquer declaração.
swissinfo com agências.
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