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Brasileiro será extraditado para Argentina

Manifestante pede justiça às vítimas do atentado de 1994, em Buenos Aires Keystone

O brasileiro, Wilson dos Santos, 45 anos, espera em prisão de Zurique extradição para Buenos Aires, após recusa de apelo ao Tribunal Federal suíço. Wilson é considerado testemunha-chave no grave atentato anti-semita em julho de 1994, com 86 mortos.

Este conteúdo foi publicado em 14. dezembro 2000 - 11:37

O atentado de há 6 anos e meio contra centro da comunidade judaica, em Buenos Aires, deixou 86 mortos e cerca de 300 feridos. E até hoje não está bem elucidado.

A justiça argentina considera que Wilson dos Santos pode ajudar a esclarecer a tragédia. Segundo inquérito policial argentino, o brasileiro teria informado o Consulado argentino em Milão sobre a iminência do atentado. Teria dito também ao cônsul ter tido contado com sua ex-mulher, uma iraniana envolvida em ato terrorista grave em 1992. Mas o brasileiro depois se retratou.

Segundo fonte do consulado brasileiro em Zurique, o acusado investigava o atentado para escrever um livro. O que teria levantado suspeita. Lembra também que o Brasil nada poderia fazer para impedir a extradição que é da área do direito internacional.

O Ministério suíço da Justiça e Polícia, em Berna, confirma que a extradição deve ser em pouco tempo. Vai depender de acerto entre a polícia suíça e argentina. São policiais argentinos que devem vir buscar o brasileiro.

O Ministério já havia autorizado a extradição em setembro, com base em pedido de extradição argentino que acusa Wilson dos Santos de "falso testemunho" no inquérito sobre o atentato anti-semita de 18 de julho de 1994. Foi o juiz argentino, Claudio Bonadio, que expediu o mandado internacional de prisão contra ele.

Wilson estava preso desde março em Zurique para ser extraditado. Com o recurso ao Supremo Tribunal o processo ficou suspenso. Agora nada impede que se realize.

Resta que não foi revelado o porquê da decisão do Supremo suíço.

Quanto ao advogado de Wilson do Santos em Zurique, Sylvain Dreifuss, ele se negou terminantemente a falar do caso que não lhe inspira "nenhum interesse".

swissinfo com agências.

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