Por que os porcos não passam também o verão nas montanhas?
Keystone
Após um recente caso de maus-tratos em uma criação de porcos no cantão de Vaud, na Suíça de língua francesa, descobriu-se que também há suínos felizes no país. Seja nos campos ou nos Alpes. Mas sua carne é, obviamente, mais cara.
A Suíça já possui uma legislação bastante rigorosa sobre a proteção e o respeito dos animais (por exemplo, proibindo a criação em gaiolas em bateria), mas sempre é possível fazer melhor. Exemplo em uma criação, também no cantão de Vaud, onde os porcos vivem praticamente em liberdade, mas onde a costeleta custa 28 francos por quilo, contra 15 para o preço de entrada na grande distribuição.
Outro exemplo no cantão de Uri, no centro do país, com o projeto piloto “Alp-Weideschwein”, da organização de proteção dos animais de criação KAGfreiland. Vinte porcos da Croácia foram enviados para um pasto alpino onde se alimentam da maneira mais natural possível, comendo capim, raízes ou insetos, e recebem apenas pão seco. Isso não os impede de estar em perfeita saúde.
A ideia é mostrar que hoje ainda é possível levar os porcos para passar o verão na montanha, como se fazia antigamente. Os criadores suíços mandam anualmente para as montanhas mais de 600 mil vacas, bezerros, bois, ovelhas e cabras, mas os porcos tornaram-se extremamente raros.
A produção de suínos na Suíça é de cerca de 1,5 milhão de cabeças, um número que permaneceu estável desde a virada do século. O que diminuiu mais da metade, no entanto, é o número de criadores, de 15.300 para 7.000.
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