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Taxa de desemprego na Suíça sobe a 3,9%

Uma jovem lê ofertas de emprego num centro regional de intermediação de mão-de-obra em Uri, centro da Suíça. Keystone

Apesar de os prognósticos para a economia melhorarem, a situação do mercado de trabalho continua piorando na Suíça.

Em setembro, a taxa de desemprego aumentou para 3,9% – o mesmo índice registrado em janeiro de 2006. Os trabalhadores jovens são os mais atingidos.

No final de setembro, 154.409 pessoas estavam oficialmente registradas como desempregadas na Suíça, segundo informa a Secretaria Federal de Economia (Seco), nesta quarta-feira (7/10). Isso são 3578 a mais do que em agosto.

Em relação ao mês anterior, o número aumentou 2,4%; em comparação com setembro do ano passado, 60,9%. Sem considerar os efeitos sazonais, a taxa de desemprego subiu para 4,1%.

O aumento do desemprego corresponde aos prognósticos dos economistas. Ao mesmo tempo, a Seco informou que o número de vagas abertas aumentou em 587 para 13.940 empregos.

Entre os jovens de 15 a 24 anos, o aumento da taxa de desemprego foi acima da média: 5,4% contra 5,3% em agosto. O número de jovens trabalhadores desempregados aumentou em 701 para 29.999 atingidos (+2,4%). Em comparação com o mesmo mês do ano passado, isso corresponde a um aumento de 12.851 pessoas ( 74,9%).

Em julho deste ano, 41.127 pessoas foram atingidas por redução de jornada de trabalho – 17.622 a menos (-30%) do que no mês anterior. O número de empresas que adotavam esta medida caiu 18,9%.

O número de horas não trabalhadas devido a cortes de custos das empresas caiu 32,3% para 2.135.780 horas. Em julho de 2008 haviam sido registradas 31.331 horas não trabalhadas por 444 pessoas em 51 empresas.

Recuperação sem efeito

Os dados divulgados pela Seco revelam que a melhora da conjuntura econômica ainda não tem efeito sobre o mercado de trabalho.

No último prognóstico para a economia suíça, o Fundo Monetário Internacional prevê que o Produto Interno Bruto do país vai encolher “apenas” 2% este ano e não 3%, como havia previsto anteriormente. Mesmo assim, trata-se do mais forte recuo do PIB suíço desde a crise dos anos de 1970.

O Parlamento suíço aprovou em 25 de setembro de 2009 o terceiro pacote de estabilização conjuntural. Ele prevê para 2010 mais 247 milhões de francos destinados a medidas de combate ao desemprego e 50 milhões para acelerar a recuperação da economia.

Seguro-desemprego

A Comissão de Economia da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, por 17 a 8 votos, propor novos cortes no seguro-desemprego. Segundo um comunicado da Comissão, pessoas com menos de 30 anos, sem filhos, devem receber o seguro durante no máximo de 260 dias úteis; pessoas com menos de 25 anos, sem filhos, apenas por 130 dias.

A Comissão também aprovou uma proposta do governo e do Senado segundo a qual quem contribuiu por apenas um ano só deve receber o seguro por 260 dias. Somente quem o pagou por 18 meses consecutivos ainda terá 400 dias úteis pagos em caso de desemprego. Pessoas com mais de 55 anos e que contribuíram durante 22 meses continuarão recebendo 520 dias de seguro-desemprego.

Em sua próxima reunião no final de outubro, a Comissão de Economia também discutirá propostas para sanear o seguro-desemprego, cujo déficit previsto até o final de 2009 é de 6,43 bilhões de francos. O Executivo e do Senado propõem um aumento das contribuições.

swissinfo.ch com agências

A Suíça tem cerca de 4,5 milhões de trabalhadores, dos quais 1,2 milhão são estrangeiros (incluindo alguns milhares que vivem nos países vizinhos e cruzam a fronteira diariamente).

Em setembro passado, 154.409 pessoas estavam oficialmente sem trabalho na Suíça – 60,9% a mais do que no mesmo mês no ano passado. A taxa de desemprego no país foi de 3,9%.

A taxa de desemprego na União Européia era de 9,1% no final de agosto.

Na Suíça, a taxa de desemprego entre jovens entre 15 e 24 anos é de 5,4%, na Espanha 35%, na Finlândia 28%, na França 23% e na Alemanha 12%.

Um outro sinal da recessão é que, em setembro, 443 firmas na Suíça anunciaram sua falência (35,9% a mais do que no mês anterior).

Nos primeiros nove meses deste ano, o número de falências de empresas aumentou 28,9%, o que é inédito, segundo a associação de credores Creditreform.

Nas fases de recessão de 1997-1998 e 2002-2004 foram registrados aumentos de no máximo 15%.

Até o final deste ano são previstas 5200 falências na Suíça (2008: 4221).

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