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Empresa de Berlusconi tem outras contas na Suíça

A caso Mediaset tem uma «filial» suíça. Mediaset

A justiça italiana identificiou dez novas contas suspeitas na Suíça, no inquérito acerca do caixa dois da Mediaset, empresa do grupo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Este conteúdo foi publicado em 03. novembro 2005 - 12:47

O Ministério Público suíço confirma as informações publicadas na imprensa italiana sobre a existência das contas de empresas controladas pela família de Berlusconi.

Segundo o jornal italiano La Reppublica, de Roma, investigadores italianos entraram em contato com autoridades helvéticas para obter informações de pessoas que abriram dez contas bancárias na Suíça.

Uma conta também foi descoberta no Principado de Liechtenstein, precisa o jornal romano. As somas depositadas na Suíça ainda não foram divulgadas.

No mesmo inquérito, as justiça suíça já bloqueara doze outras contas, das quais cinco pertenciam ao produtor de cinema da Califórnia, Farouk Agrama, considerado como "sócio oculto" de Silvio Berlusconi.

Outro jornal italiano, o Corriere della Sera noticiou que essas cinco contas continham 140 milhões de francos suíços.

Ministério Público investiga

A informação foi confirmada pelo Ministério Público suíço(MPC), sem fornecer detalhes. Afirma ter ordenado "vários outros confiscos (...) devido pedidos de colaboração judiciária da justiça de Milão, conforme indicado pela imprensa italiana."

Nesse caso, a justiça suíça não se limitou a atender os pedidos de colaboração judiciária e abriu, em 03 de outubro último, seu próprio inquérito por lavagem de dinheiro que levou ao bloqueio de três milhões de francos suíços, precisa o Ministério Público.

Vinte pedidos de colaboração

Questionado quarta-feira (02/11) pela agência de notícias suíças ATS, o procurador milanês Fabio De Pasquale, um dos que trabalham no inquérito, explicou que o Ministério Público lombardo solicitara, desde 2002, cerca de vinte pedidos de colaboração judiciária ao Ministério Público suíço.

Esses pedidos foram quase todos executados, alguns com o consentimento das partes implicadas, outros depois da decisão do Supremo Tribunal Suíço (TF).

Como lembrete, o caso Mediaset envolve operações de compra e venda, supostamente fictícias, de direitos de transmissão de televisão nos Estados Unidos pelo grupo de mídia privado controlado pela família do primeiro ministro italiano.

Segundo o Ministério Público italiano, essas operações permitiram constituir importantes provisões de caixa dois, no estrangeiro. Fabio De Pasquale estima o total em 170 milhões de dólares, entre 1988 e 1999.

Em comunicado divulgado terça-feira à noite (1°/11), Mediaset nega qualquer envolvimento com as contas suspeitas descobertas na Suíça e no Liechtenstein, no âmbito da colaboração judiciária.

swissinfo com agências

Breves

- 34,3% do grupo audiovisual italiano Mediaset pertence à holding Fininvest, propriedade da família de Berlusconi e presidida por sua filha Marina.

- O filho de Berlusconi, Pier Silvio, é vice-presidente do grupo Mediaset.

- No final de outubro, um tribunal italiano esteve reunido a portas fechadas para decidir de um eventudal indiciamento do chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, e de outras treze pessoas, por fraude envolvendo Mediaset. As audiências foram adiadas para 7 de novembro.

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