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Encontro do G-8: até a Suíça participa

Lausanne: policiais suíços dão os últimos retoques nos preparativos para a segurança do encontro de Couchepin com diversos chefes de Estado. Keystone

A Suíça participa pela primeira vez de um encontro dos países mais poderosos do mundo. Trata-se de uma boa oportunidade para fazer contatos diplomáticos.

Colaboração suíça ocorre através de medidas de segurança caras e massivas em Genebra, aonde chegam de avião uma grande parte dos presidentes.

A escolha francesa de Evian como local de realização do encontro do G-8 (os sete países mais ricos e a Rússia) não foi por mero acaso. A pequena cidade alpina está localizada numa faixa de terra, cercada por um lado pelas montanhas e, pelo outro lado, pelo lago de Genebra. Não poderia haver um local mais seguro para o evento.

Como Evian está muito próximo da fronteira com a Suíça, a França pediu ao seu país vizinho de dar um suporte logístico e de segurança.

Por isso, nos últimos dias, Genebra transformou-se numa fortaleza, ocupada por policiais, soldados e outros dispositivos de segurança. O governo da cidade espera a chegada de centenas de manifestantes.

A Suíça participa pela 1a vez

“Não podemos discordar que a Suíça está tendo a maior parte do trabalho de organização do encontro, já que ela é responsável pela segurança. Porém o país também está sendo beneficiado, já que estará no centro dos acontecimentos”, esclarece Daniel Warner, diretor-substituto do Instituto de Estudos Internacionais em Genebra.

Pascal Couchepin, ministro do Interior e atual presidente da Confederação irá se encontrar com 12 chefes de Estado, que irão participar da rodada expandida do encontro do G-8.

Policiais esperam grande número de manifestantes

No início do planejamento do encontro não estava previsto que protestos ocorreriam em território suíço, já que os países do G-8 encontram-se em Evian, na França.

Porém, como Evian está hermeticamente fechada para pessoas não-autorizadas, os manifestantes anti-globalização pretendem organizar seus protestos em Genebra, cidade perfeita para manifestações coloridas devido ao seu caráter internacional.

O governo suíço já está pronto com as medidas de segurança: do lado francês, mais de 18 mil policiais estão de prontidão. Do lado suíço serão 10 mil policiais, incluindo também os mil policiais alemães que estão vigiando o principal aeroporto da cidade, aonde chegam grande parte dos chefes de Estado.

Os dois países trabalham em conjunto medidas antiterrorismo. Por exemplo, aviões de combate estão a postos dia e noite e têm autorização de destruir qualquer aeronave não-identificada, que atravesse o espaço aéreo proibido sobre o lago de Genebra.

Comerciantes de Genebra protegem-se

Apesar dos esforços governamentais, muitos comerciantes de Genebra já estão cobrindo de madeira as vitrines dos seus negócios, com medo que ocorram na cidade atos de violência por parte dos manifestantes, como foi no encontro do G-8 em Genua, na Itália, há dois anos.

Também o bairro internacional da cidade, onde estão localizados os prédios da ONU e outras organizações internacionais, já foi declarado zona proibida pela polícia.

As fronteiras entre a Suíça e a França também já estão fechadas. Durante o encontro do G-8, apenas pessoas autorizadas podem trafegar através dos dois países.

Suíça recebe países do Terceiro Mundo

Durante o evento em Evian, a Suíça estará recebendo diversos chefes de Estado. Dentre eles, destacam-se os países africanos membros do NEPAD – “New Partnership for Africa’s Development” (Parceria para o Desenvolvimento da África).

Esses e outros países participam, no domingo, do programa extendido de discussões no encontro do G-8. São esperados representantes dos governos da Algéria, Brasil, China, Egito, Índia, Malásia, México, Marrocos, Nigéria, Arábia Saudita, Senegal e África do Sul.

O ministro do Interior suíço Pascal Couchepin convidou as autoridades a jantarem em Lausanne. Durante o encontro serão realizadas discussões bilaterais com os países presentes.

swissinfo, Frédéric Burnand e Anna Nelson.
traduzido por Alexander Thoele

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