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Esquema de assistência a vítimas de atentados

Zonas de risco estão marcadas com x swissinfo.ch

Casos como o de Bali - cerca de 180 mortos - leva o Governo suíço a acionar embaixadas e rede aérea para assistir vítimas e dar informações fiáveis antes da imprensa...

A Suíça tirou a lição do atentado em Luxor em 1997, quando foram mortos mais de 60 turistas, na maioria suíços.

Falar que a Suíça é um país organizado é verdadeiro clichê. Mas ela é mesmo, temos que reconhecer. Não só organizada, o que em si não é tanta vantagem por ser pequena (menor que o estado do Rio de Janeiro). Mas ela é também prevenida.

Tomemos o caso dos atentados em Bali, sábado passado, dia 12. O governo reagiu imediatamente, não apenas para condenar “o crime abominável”, mas para assistir seus cidadãos envolvidos na tragédia.

No caso, diplomatas suíços foram enviados de imediato ao local das explosões. Entraram em contato com as autoridades locais no sentido de averiguar se havia vítimas suíças. No sentido também de possivelmente identificá-las e dar o apoio necessário.

Informações confiáveis

Constatou-se logo que uma suíça foi morta e em seguida que dois outros cidadãos do País se encontram desaparecidos. Sete suíços ficaram feridos.

Assim, as autoridades suíças tinham condições para fornecer informações às famílias das vítimas antes que fossem publicadas pela imprensa.

Uma função considerada importante de uma embaixada no exterior é dar assistência a familiares de pessoas mortas ou feridas, seja em acidentes, desastres ou atentados.

A respeito do atentado em Bali, disse embaixador suíço na Indonésia, George Martin: “Tentamos contatar os parentes para que não recebessem nenhuma informação incorreta ou ficassem sabendo do drama através de fontes não confiáveis”.

Guarda Aérea

Outro dispositivo de segurança acionado foi a Guarda Aérea Suíça de Salvamento (REGA – REttungsflugwacht/GArde Aérienne). Essa organização – na realidade uma fundação – supervisada pelo governo e membro da Cruz Vermelha Suíça, está sempre de prontidão para casos como o de Bali.

REGA organizou desta vez o transporte de uma ferida de Bali a Cingapura, onde mandou um de seus aviões com médico e enfermeira a bordo, para trazê-la à Suíça. Uma operação que não fica por cerca de 70 mil francos, segundo nos confirmou um porta-voz da Guarda Aérea.

O interessante é que primeiro se cuida da vítima. Depois se vê como cobrir os custos. Dependendo da situação as despesas podem ser assumidas inteiramente pela própria Guarda que tira a maior parte de seu financiamento de doadores.

A lição

O sistema de segurança suíço, aliás a exemplo de que existe também em outros países europeus, foi reforçado nos últimos cinco anos. Desde o grave atentado em Luxor em 17 de novembro de 1997 que deixou mais de 60 mortos, 36 eram suíços.

Pelo impacto causado, grupos terroristas encontraram no turismo de massa um alvo de particular interesse.

A única resposta encontrada foi reforço de dispositivos de segurança, acionados dentro e fora do país quando de incidentes como esse de Bali, na Indonésia.

O Ministério das Relações Exteriores da Suíça dispõe de um site na Internet com conselhos a viajantes do País a todos os países do mundo, menos a Europa Ocidental. O objetivo é evitar ou pelo menos reduzir surpresas desagradáveis (veja site ao lado, com lista de países por ordem alfabética).

swissinfo/J.Gabriel Barbosa

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