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Futebol suíço comemora primeiro título mundial

Seleção sub-17 levanta troféu inédito na história do futebol suíço. Keystone

A imprensa suíça e internacional não poupa elogios à jovem seleção suíça, que neste domingo (15/11) venceu a Copa do Mundo de Futebol Sub-17 na Nigéria.

A vitória de 1 a 0 na final contra a equipe anfitriã foi apertada, mas é considerada um momento histórico do futebol helvético.

Segundo o portal Tagesanzeiger.ch, de Zurique, o fato de se tratar de um Mundial Sub-17 não diminui o mérito de “um dos maiores e mais prestigiosos sucessos de uma seleção suíça na história do futebol”.

“Somos campeões mundiais”, festeja o portal Blick.ch. “Os gigantes suíços sub-17 batem num jogo dramático a anfitriã e recordista de títulos Nigéria por 1 a 0. Depois de derrotar as potências do futebol Brasil, Alemanha e Itália, a equipe do técnico Dany Ryser mostrou um desempenho formidável na final”.

O 20minutes.ch considera a conquista “histórica porque jamais uma seleção da Associação Suíça de Futebol havia triunfado num Mundial até agora. Essa coroação confirma que a Suíça tem um lugar à mesa dos melhores formadores de jogadores de futebol do planeta”.

Mais eufórico, o Le Matin, da Suíça francesa, escreve que foi um “momento histórico quando o presidente da Fifa, Sepp Blatter, do Valais, entregou o troféu aos vencedores. Não eram brasileiros nem italianos, alemães ou argentinos e sim suíços”.

A página oficial da Fifa sobre a Copa do Mundo Sub-17 destaca: “Suíça sobe ao trono. A Suíça escreveu história do futebol.”

Para o Les Temps, do oeste da Suíça, a seleção sub-17 que venceu a Nigéria na final e ofereceu ao país seu primeiro título mundial foi “sólida , serena e mostrou uma maturidade e um domínio técnico excepcionais”.

Imprensa internacional

O portal nigeriano Vanguard lamenta as chances perdidas pela equipe da casa. “Os eaglets desperdiçaram chances demais no primeiro tempo. Após o intervalo, a Suíça esteve muito bem organizada e frustrou assim seus adversários nigerianos.”

A revista de esportes alemã Kicker.ch afirma que “a defesa da Suíça conseguiu neutralizar o furioso ataque nigeriano”. Ela também não esquece de mencionar que os suíços eliminaram o Brasil, a Alemanha e a Itália ao longo do torneio.

O portal espanhol ABC.es escreve : “A Suíça arranca a coroa da Nigéria” – e vê o sucesso da equipe de Ryser como triunfo europeu. “A Suíça devolveu a hegemonia ao Velho Continente. Desde o torneio de 2001, nenhuma seleção europeia tinha ganhado o título.” A Espanha ficou em terceiro lugar no torneio.

O site estadao.com.br refere-se à força dos binacionais. “Com uma equipe multiétnica, com 13 dos 21 jogadores tendo dupla nacionalidade ou sendo descendentes de imigrantes, a Suíça foi eficiente para conquistar o seu primeiro título de uma competição organizada pela Fifa” (veja galeria na coluna à direita).

“A Suíça realizou a surpresa”, noticia o France Football, referindo-se aos “pequenos suíços”. “A Suíça destruiu os sonhos das superáguias”, é a manchete do portal russo Gaseta.

Futuro dos campeões

Alguns meios de comunicação suíços também especulam sobre o que poderá acontecer com os novos heróis do futebol nacional.

Segundo o Corriere del Ticino, da parte italiana do país, começa agora um tempo difícil para esses jovens. “Eles vão receber ofertas de um mundo sem escrúpulos, povoado por pessoas doentes de tanta ganância.”

Realista, o L’Express, de Neuchâtel, comenta que “é improvável que o domínio dos sub-17 se transfira para a seleção principal da Suíça. Apesar disso, é provável que o futebol suíço esteja diante de anos maravilhosos”.

Geraldo Hoffmann, swissinfo.ch

Treze dos 21 jogadores da seleção suíça sub-17 têm dupla nacionalidade. Veja os países em que eles têm suas raízes:

André Gonçalves, Portugal
Fréderic Veseli, Kosovo
Granit Xhaka, Albânia
Haris Seferovic, Bósnia
Igor Mijatovic, Sérvia
Joel Kiassumbua, Congo
Kofi Nimeley, Gana
Maik Nakic, Croácia
Nassim Ben Khalifa, Tunísia
Pajtim Kasami, Albânia
Ricardo Rodríguez, Chile
Robin Wecchi, Itália
Sead Hajrovic, Bósnia

2007: Nigéria

2005: México

2003: Brasil

2001: França

1999: Brasil

1997: Brasil

1995: Gana

1993: Nigéria

1991: Gana

1989: Arábia Saudita

1987: União Soviética

1985: Nigéria

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