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Gigante do cimento ultrapassa previsões

Sede da Holcim em Zurique. Keystone

Além da Nestlé, poucas empresas suíças são tão internacionais e bem-sucedidas como a Holcim, o segundo maior produtor de cimento do mundo.

Em 2004, o grupo aumentou seu faturamento em 4,9% para 13,2 bilhões de francos. Lucro cresceu 33,2% passando a 914 milhões de francos.

Esse produto está em qualquer lugar, seja em casas, prédios ou pontes. O principal negócio da Holcim é cimento. Do Canadá ao Vietnã, a multinacional suíça está presente em 75 países e é a segundo maior do mundo no seu segmento, depois da francesa Lafarge.

Na coletiva anual de imprensa, o presidente da empresa Markus Akermann apresentou os números de 2004. Estes agradaram os investidores: o faturamento aumentou em 4,9% para 13,2 bilhões de francos (US$ 10,6 bilhões) e o lucro cresceu em 33,2%, passando a 914 milhões de francos (US$ 737 milhões).

Os bons resultados foram justificados pela recuperação da economia mundial no ano passado, que estimulou o setor de construção civil. Em todas as regiões do mundo onde a multinacional opera houve um aumento considerável da demanda por cimento.

Queda do dólar

Na Europa as vendas de cimento aumentaram 16,2% para 30,8 milhões de toneladas. Na América do Norte elas chegaram a 17,5 milhões de toneladas, alcançando dessa forma a capacidade de produção. Outros índices positivos foram alcançados na Ásia e na Oceania, com vendas respectivamente de 25,8 milhões de toneladas de cimento, o que corresponde a um aumento de 11,2% em relação a 2003.

Na América Latina os resultados da Holcim também foram positivos, tendo vendido 6,7% a mais de cimento: 20,6 milhões de toneladas. Porém a queda do dólar fez com que o faturamento geral na região caísse para 723 milhões de francos (US$ 612 milhões).

“Para esse ano esperamos um crescimento sólido da economia mundial, com um aumento considerável das atividades na construção civil”, afirma Markus Akermann.

4 bi para aquisições na Índia e Grã-Bretanha

Holcim continua também seu programa de fusões. No início do ano a empresa anunciou que pretende comprar grandes fabricantes de material de construção na Índia e Grã-Bretanha. Valor de compra: 4,8 bilhões de francos (US$ 4 bilhões).

A maior delas é a inglesa Aggregate Industries, onde o grupo suíço já detém 78,4% das ações. Essa seria a maior aquisição na história do grupo suíço. O negócio se justifica pelo não apenas pelo interesse no mercado inglês, mas sobretudo nos EUA, onde Aggregate Industries tem um importante mercado. Na Índia o interesse está voltado para a empresa Gujarat Ambuja Cement, o terceiro maior produtor de cimento no subcontinente.

América Latina está no bom caminho

Durante a entrevista exclusiva à swissinfo, o responsável no grupo Holcim pelas América Latina falou sobre o desenvolvimento político e econômico na região.

Na opinião de Thomas Knöpfel, as reformas realizadas pelos presidentes de vários países latino-americanos são positivas. Por outro lado, as economias ainda estariam muito voltadas para a exportação, faltando investimentos no mercado interno.

Ela revela que a empresa quer ser mais competitiva no mercado brasileiro através da compra de outras empresas. Clique AQUILink externo para ler a entrevista.

swissinfo, Alexander Thoele

-Holcim foi fundada em 1912. A sede central está em Zurique.
-A multinacional atua em 75 países e emprega 48 mil funcionários.
-Em 2004 a empresa produziu 154,1 milhões de toneladas, 6,1% a mais do que no ano retrasado.
-No mesmo ano ela investiu 1,1 bilhões de francos na compra de empresas e fábricas.
-No plano de expansão da empresa duas grandes compras estão programadas: dois fabricantes de material de construção na Grã-Bretanha e Índia. Valor: 4,8 bilhões de francos.

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