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Inaugura-se laboratório de genes em Zurique

O moderno centro. ethlife. ch

Cientistas de Zurique aplaudem abertura de novo laboratório que visa explorar a natureza e a função do genes.

O “Functional Genomics Center”, criado pela Universidade de Zurique e o Instituto Federal de Tecnologia,deve impulsionar a pesquisa no setor.

“Conseguimos adquirir a mais moderna tecnologia disponível”, disse Prof. Josef Jiricny, diretor do Instituto de Radiobiologia Médica, da Universidade. “Agrupando recursos, pudemos comprar máquinas extremamente sofisticadas e caras, de que normalmente não dispõem equipes universitárias de pesquisa”, acrescenta.

Amostra de genes

Jiricny tenta compreender como uma célula normal se transforma em célula cancerígena.

Um dos problemas encontrados é o seguinte: quando se observam células cultivadas num recipiente de laboratório, as células de um tumor apresentam-se idênticas, seja ou não resistentes à quimioterapia.

“Não se tem idéia por onde começar o exame, porque ambas as células contêm 35.000 genes em seu genoma e qualquer uma delas poderia ser responsável pela diferença entre sensibilidade e resistência à quimioterapia”, constata Josef Jiricny.

“A moderna tecnologia possibilita-nos, em uma experiência, obter uma imagem da atividade global do gene numa célula”. Comparando a atividade das duas amostras de genes que é responsável pela quimioterapia, e comparando a atividade das duas amostras de genes, cientistas podem identificar os que são importantes para a resistência.

Nova metodologia

Professor Adriano Aguzzi, do Instituto de Neuropatologia do Hospital Universitário de Zurique procura entender o mecanismo molecular que esteja por trás dos danos provocados pelos príons.

Príons são agentes infecciosos, que causam a doença da vaca louca (BSE) e a enfermidade Crutzfeldt Jakob, no homem.

“Chegamos a um impasse em nossa tentativa de compreender o que acontece com doença de príon. E estou muito confiante em que nova tecnologia na área genética nos permita avançar”, disse Aguzzi.

“Fascina poder ir de uma proteína desconhecida a uma função potencial em algumas semanas e não em alguns anos”, realça Wilhelm Gruissem, professor de botânica, em Zurique. Sua tarefa consiste em identificar novas proteínas nas plantas.

O “Functional Genomics Center”, que será utilizado para pesquisa e ensino, custou 10 milhões de francos (€ 6.7 milhões). Vai gerar despesas de 5 a 10 milhões de francos anualmente.

Vincent Landon

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