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Ministra visita vítimas na Ásia

Micheline Calmy-Rey fala com dois sobreviventes suíços num hospital de Phuket. Keystone

A chanceler suíça Micheline Calmy-Rey está na Ásia para ver de perto a situação das vítimas do maremoto. A ministra esteve na Tailândia e também vai ao Sri Lanka.

O objetivo principal da viagem é poder orientar melhor a ajuda suíça aos sobreviventes e à reconstrução das regiões sinistradas.

A ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, chegou domingo à Tailândia para ver com os próprios olhos a devastação causada pelo tsunami de 26 de dezembro.

Depois de visitar Phuket, a chanceler suíça declarou que “apesar das imagens de televisão e dos testemunhos da tragédia … ninguém se dá conta de como as pessoas estão vivendo aqui”.

Em Phuket, a ministra visitou um hospital em que estão internados feridos suíços, falou com técnicos suíços que trabalham nas operações de resgate e com especialistas suíças que estão na Tailândia para identificação de cadáveres.

“Daqui, eu confesso que estou pessimista quanto às pessoas tidas como desaparecidas”, afirmou Calmy-Rey. Até agora, o balanço de vitimas suíças é de 16 mortos, 95 desaparecidos. No entanto, não há notícias de cerca de 500 suíços que estavam na região atingida pelo tsunami.

Posteriormente, Calmy-Rey foi recebida pelo vice-ministro tailandês das Relações Exteriores, em Bangkok, e nesta segunda-feira viaja para o Sri Lanka.

Embaixada faz o que pode

Em entrevista publicada por vários jornais suíços, a chanceler “lamentou” as críticas dos últimos dias ao trabalho da embaixada suíça na capital tailandesa.

Disse que compreendia a inquietude das pessoas atingidas pela tragédia e de suas famílias mas acrescentou que o pessoal diplomático “trabalha 24 horas por dia, num grande esforço e em condições difíceis”.

O objetivo da viagem, que também inclui o Sri Lanka, é avaliar a situação para melhor reorientar a ajuda suíça às regiões sinistradas.

Esperança diminui

Em Berna, praticamente não há mais esperança de encontrar com vida 95 suíços. Dos 500 suíços de que ainda não se tem notícia, 360 estavam na Tailândia, 50 no Sri Lanka e nas ilhas Maldivas e 20 na Índia. Não se sabe onde estavam outras 70 pessoas desaparecidas até agora.

A linha direta de urgência no Ministério das Relações Exteriores recebeu 6.500 chamadas desde domingo, 26 de dezembro. O número de chamadas diminui e o tipo de solicitação também. Até vizinhos que estavam com a chaves para cuidar do apartamento durante as férias chamam e assim surgem novos casos de desaparecidos.

Repatriações continuam

Desde quarta-feira, 85 turistas suíços feridos foram repatriados da Tailândia e do Sri Lanka, em aviões especialmente fretados. Domingo, chegou o primeiro ferido em vôo de linha.

Nos próximos dias, chegarão os últimos feridos. As operações são feitas conjuntamente pelas agências de viagem, o Ministério das Relações Exteriores a companhia de resgate aéreo Rega.

swissinfo

– O sismo ocorrido domingo, 26 de dezembro, às 7:38 locais (01:58 na Suíça) ao largo da ilha de Sumatra (Indonésia) teve a magnitude 9 na escla de Richter (que tem no máximo 10 pontos).

– O balanço geral até domingo, 2 de janeiro, era de 130 mil mortos (80 mil na Indonésia, 30 mil no Sri Lanka, 15 mil na Índia e 5 mil na Tailândia).

– Mais de 7 mil touristas, na maioria europeus, estão desparecidos.

– Entre os suíços, o balanço oficial era de 16 mortos mas o Ministério das Relaçõpes Exteriores não tem mais esperança de encontrar outras 95 pesssoas. Não há notícias de cerca de 500 suíços.

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