Paralítico, ex-esquiador encara o futuro
Grave acidente, que o deixou paraplégico, transtornou a vida do promissor esportista suíço, Silvano Beltrametti. Menos de um mês depois, ele fala da queda a mais de 100 km/h, agradece por estar vivo e insiste que quer ficar independente.
A vida de Silvano Beltrametti, 22 anos, tomou novo rumo dia 8 de dezembro. Ao participar da primeira prova da Copa do Mundo de Esqui, da atual temporada, ele perdeu o equilíbrio, saiu da pista a mais de 100 km por hora, furou tela de segurança como uma bala de canhão e foi parar no meio de árvores e rochedos.
Exames médicos constataram fratura da coluna, nas vértebras 7 e 8 e lesão da medula, além de hemorragia interna dos pulmões. Resultado ficou paralítico das pernas.
Beltrametti se lembra
“Sei exatamente o que aconteceu”, lembra-se Beltrametti. Diz que simplesmente perdeu o equilíbrio e quis corrigir sua trajetória, mas o esqui esquerdo não obedeceu e ele foi parar direto na rede de proteção.
“Se tivesse passado 500 vezes nesse lugar, teria saído (da pista) apenas uma vez”, constata o ex-esquiador que ainda não consegue assistir a competições de esqui pela televisão. Vê, porém, no acidente a mão do destino, que aceita: “Poderia ter sido pior. Agradeço a Deus por ainda estar vivo, poder falar e pensar”.
“Tudo parou”
Para ele, o importante agora é levar uma vida independente, definir novos objetivos e fazer o possível para realizá-los. Uma vez que “tudo parou em alguns segundos”, estima ser “importante ter novos sonhos”.
Ele deve, no entanto, enfrentar intensivos exercícios de reeducação que devem demorar de 4 a 5 meses. Em clínica especializada, terá cuidados especiais, terapias adequadas e exercícios de musculação da parte superior do corpo.
Apoio de 8 mil pessoas que lhe escreveram deverá facilitar-lhe aceitação de seu destino.
swisssinfo
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