Parlamento muda lei sobre animais
Os animais não são mais "coisa" e quase viram gente na Suíça. Depois do Senado, a Câmara aprovou mudança na lei que passa a consider a sensibilidade, o humor e as relações com os humanos.
Este conteúdo foi publicado em 18. setembro 2002 - 17:16A mudança terá implicações no direito sucessoral e na lei do divórcio.
A questão dos animais suscitava debates no Parlamento Suíço desde 1993. A lei em vigor, inspirada no direito romano, considera os animais como "coisa" mas a oposição de ecologistas e associações de defesa dos animais acabou vencendo.
Emenda na Constituição foi evitada
A principal conseqüência da mudança da lei será a consideração do valor afetivo de um animal. Uma pessoa cega, por exemplo, que serve-se de um cachorro treinado para ajudá-la, poderá pedir uma indenização superior ao valor do cão, caso o animal morra num acidente.
Uma iniciativa popular queria inclusive alterar a Constituição dando aos animais direitos e deveres. O Parlamento optou por incluir alguns ítens da iniciativa na mudança legislativa, tentando evitar uma votação mudar que emendaria a Constituição.
Sucessão e divórcio
Adversários da mudança temem que ela provoque uma escalada às indenizações exorbitantes, como ocorre nos Estados Unidos. A ministra da Justiça, Ruth Metzler, disse no plenário que confia no bom senso dos tribunais.
Em todo caso, a lei terá implicações no direito sucessoral. Uma pessoal poderá deixar em testamento o animal de estimação como herança para quem quiser.
Terá conseqüências também na lei do divórcio. Na separação do casal, o juiz deverá atribuir a propriedade do animal à pessoa mais apta a bem cuidar dele.
A partir de agora, todos terão mais cuidado de não pisar no rabo de um cachorro. A pessoa que ferir um animal, terá arcar com custos do tratamento.
swissinfo com agências
Breves
- A questão era debatida desde 1993.
- Principal mudança é considerar o valor afetivo dos animais.
- Adversários temem escala de indenizações na justiça.
- Lei vai influenciar lei sucessoral e lei do divórcio.
Este artigo foi automaticamente importado do nosso antigo site para o novo. Se há problemas com sua visualização, pedimos desculpas pelo inconveniente. Por favor, relate o problema ao seguinte endereço: community-feedback@swissinfo.ch

Em conformidade com os padrões da JTI
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Os comentários do artigo foram desativados. Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch