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Abu Sayyaf liberta um de seus reféns

Marie Jean Lacaba, filipina, foi liberada pelo grupo Abu Sayyaf. Reuters

Marie Jean Lacaba, um dos três membros do Comitê Internacional da Cruz Veremlha (CICV), sequestrados nas Filipinas em 15 de janeiro, foi libertada, informou na tarde de quinta-feira (2), a instituição sediada em Genebra.

“A senhora Lacaba foi liberdada hoje por seus raptores por volta das 21 horas, horário de Manila; estava em bom estado de saúde, embora muito cansada”, afirmou o CICV.

Através de um comunicado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), sediado em Genebra, sublinhou que a recém libertada é toda a instituição esperam a libertação dos outros dois reféns.

“Tranquiliza o CICV saber que a senhora Lacaba voltará ao convívio de sua família, porém a segurança dos outros dois colaboradores sequestrados continua sendo motivo de grande preocupação para a instituição, afirma o comunicado.

“Para Eugenio e Andreas, assim como para seus entes queridos e para todo o CICV, o pesadelo deste sequestro ainda não terminou, disse o chefe de operações do CICV para a Ásia Oriental, Sudeste Asiático e Pacífico, Alain Aschlimann.

“Uma vez mais, pedimos para que permaneçam ilesos. Nos congratulamos por esse primeiro passo positivo, especialmente depois de uma semana muito tensa e difícil, reiteramos nosso apelo aos sequestradores para libertem Eugenio e Andreas imediatamente e sem condições.”

Estado de urgência

Os engenheiros Mary Jean Lacaba (filipina) e Eugenio Vagni (italiano) e o delegado suíço Andreas Notter, empregados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), foram raptados dia 15 de janeiro último pelo grupo Abu Sayyaf, quando visitavam uma prisão.

O grupo havia ameaçado decapitar os reféns se as forças armadas não cedessem o controle de uma ilha, de maioria muçulmana. O ultimato venceu terça-feira (31/3), quando as autoridades filipinas decretaram o estado de urgência.

Libertada às 21 horas desta quinta-feira pelos rebeldes do grupo Abu Sayyaf na ilha distante de Jolo, Mary Jean Lacaba “parecia estar em bom estado de saúde, porém muito cansada é extremamente preocupada pela sorte de seus colegas ainda mantidos como reféns”, comunicou o CICV.

Agradecimento

Quanto aos recentes contatos feitos de forma oficial e discreta para resolver essa situação difícil, Alain Aschlimann declarou que o CICV agradece os esforços que foram empenhados.

“Agradecemos a diferentes altos funcionários governamentais pelos seus esforços. Queremos também agradecer a nossos colegas da Cruz Vermelha Filipina, especialmente a seu presidente, Richard Gordon, pelo seu inestimável apoio durante esses momentos difíceis”, precisou Aeschlimann.

“Espero que Eugenio e Andreas voltem rapidamente aos seus lares sãos e salvos e logo possamos abraçá-los”, acrescenta o CICV e seu comunicado à imprensa.

O governo suíço havia lançado na véspera um apelo pela libertação dos funcionários do CICV. Em seu texto, recordava que os cativos trabalhavam em prol da paz e em favor dos mais desfavorecidos.

swissinfo com agências

O governo suíço exortou quarta-feira (01/4) os sequestradores a libertarem o pessoal do CICV a liberar os reféns.

Através de um comunicado, o governo federal expressou sua inquietude pela situação, lembrou que as pessoas sequestradas consagram sua existência em favor da paz e dos menos favorecidos.

Desde o seqüestro, o Ministério suíço das Relações exteriores se mobilizou para obter a libertação dos trabalhadores humanitários.

Quarta-feira (25/3), a chanceler Micheline Calmy-Rey, recebeu os familiares de Andreas Notter, o delegado suíço do CICV.

No mesmo dia, a ministra entrou em contato com seu homólogo filipino e o presidente suíço, Hans-Rudolf Merz falou com a presidente filipina Gloria Arroyo.

Micheline Calmy-Rey também falou dos reféns com seu homólogo, Franco Fratinni, durante dua viagem a Roma na semana passada.

Em Berna, foi constituída uma unidade de crise.
Por sua vez, o CICV conseguiu manter contato direto com os reféns.

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