Para onde emigram os suíços e suíças
Trinta mil suíços fazem as malas a cada ano e partem para outros países. Quais são seus destinos de preferência? Qual a idade média? As estatísticas revelam aspectos interessantes do fenômeno.
Vontade de conhecer outros horizontes, oportunidades de trabalho ou amor: suíços e suíças têm diferentes razões para emigrar. Os emigrantes helvéticos são encontrados nos quatro cantos do globo. Alguns destinos são mais populares do que outros, como mostram as últimas estatísticas, de 2019.
Muitos vão para os países vizinhos: França, Alemanha, Reino Unido e Itália são destinos populares da emigração helvética. Espanha e Portugal são os preferidos dos aposentados. Já países da Europa Oriental tendem a ser evitados.
Em contraste, muitos suíços e suíças também se aventuram em terras mais distantes: EUA e Canadá. Na América do Sul, o Brasil é o destino mais popular do emigrante helvético. Pouco emigram para o continente africano. A Ásia mostra-se mais atraente para a maioria dos emigrantes, tendo Tailândia como um dos principais destinos.
Emigrar na terceira idade
Os dados revelam um pouco mais sobre o perfil dos emigrantes. Por exemplo, a idade: tipicamente os que abandonam a Suíça têm entre 20 e 34 anos de idade. Nessa fase da vida muitos já tiveram o primeiro filho, o que poderia explicar porque há tantas crianças entre os emigrantes. As famílias jovens são mais propensas a emigrar do que suas congêneres mais estabelecidas. Com adolescentes em casa – ou crianças em idade escolar – a aventura da emigração é mais complicada. Entretanto, a distribuição etária também mostra que é possível partir para um novo país mesmo em idades avançadas. Em 2019, até duas centenárias encontravam-se entre os emigrantes.
Com a idade, há uma ligeira mudança no país de destino escolhido. Quanto mais velho, mais popular se tornar Espanha. Tailândia, Turquia e Sérvia. Uma justificativa é o clima mais ameno desses países do que o encontrado na Suíça.
Homens: Tailândia: Mulheres: Islândia
As estatísticas mostram que mais homens emigraram do que as mulheres. Entre 2011 e 2019, 52,5% dos emigrantes eram do sexo masculino. Normalmente, as mulheres emigradas escolhem países de destino similares aos homens. Entretanto, há algumas exceções.
Todos os 165 emigrantes que mudaram sua residência para o Vaticano entre 2011 e 2019 eram homens. Porém a explicação é óbvia: mulheres não são aceitas até hoje na Guarda Suíça.
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Homens também são mais propensos a emigrar para a Ásia do que as mulheres. Os países de preferência são Vietnã e Tailândia. Arábia Saudita também parece ser um destino mais atraente para os suíços do que as suíças. Por outro lado, alguns países atraem mais mulheres do que homens, mas as diferenças são menos óbvias. Em termos percentuais, as suíças emigradas escolhem a Islândia e até Chade.
Emigração cai durante pandemia
Suíços e suíças também fazem o caminho contrário. Anualmente muitos abandonam seus países de residência e retornam à pátria. Em 2020, houve um equilíbrio entre os que partem e os que chegam: pouco menos de 26 mil suíços e suíças emigraram; ao mesmo tempo, um número semelhante de pessoas retornaram.
Adaptação: Alexander Thoele
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