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Suíça elimina campeã europeia do Mundial Sub-17

Defesa alemã não conseguiu conter o atacante suíço Ben Khalifa (10). Keystone

A jovem seleção suíça causou uma nova sensação nesta quarta-feira (4/11) ao derrotar a campeã europeia Alemanha por 4 a 3 após prorrogação, nas oitavas de final do Mundial de Futebol Sub-17 na Nigéria.

Depois de “despachar” o Brasil na primeira fase, a equipe de juniores mais talentosa da Suíça desde 2002 agora vai enfrentar a Itália em 8 de novembro pelas quartas de final.

Quando os talentos suíços entram em campo em Lagos, olheiros europeus estão sentados nas arquibancadas. No Mundial da Nigéria, eles dão um show de bola e despertam a atenção de grandes clubes.

Até agora, nenhum adversário encontrou meios para conter a equipe treinada por Dany Rysers. A Suíça venceu o México (2 a 0), o Japão (4 a 3), o Brasil (1 a 0) e ontem a Alemanha (4 a 3).

A vitória sobre a arquirrival Alemanha foi considerada “heroica” pela imprensa suíça, visto que a equipe helvética disputou boa parte do segundo tempo e a prorrogação com apenas dez jogadores em campo.

Apesar do duelo dramático (também a Alemanha terminou com dez em campo), o técnico Dany Rysers disse que o 4 a 3 não foi um “ato heroico”, mas ele falou de “uma vitória para todo o futebol suíço”.

Força dos “secondos”

Ricardo Rodriguez, Haris Seferovic, André Gonçalves (português) e Ben Khalifa – todos com sobrenomes de imigrantes – marcaram os gols dos helvéticos. “Nossa meta é a final. E nós queremos ganhar”, disse Seferovic.

Como a seleção A da Suíça, também a sub-17 está recheada de descendentes de imigrantes. Nascido na Suíça de pais da Bósnia-Herzegowina, o atacante Seferovic vem do Grasshoppers de Zurique, onde tem contrato até 2011, mas já avisou: “Sempre vou jogar pela Suíça. É a minha pátria”, disse em Lagos.

Seu colega de clube e seleção, Nassim Ben Khalifa, é outra garantia de gols. Em quatro jogos no Mundial, os dois marcaram cinco gols para a Suíça. No campeonato suíço, Ben Khalifa, de origem tunisiana, atua como “coringa” na equipe principal do Grasshoppers.

“A equipe fez progressos”

O sucesso da seleção sub-17 da Suíça não surpreende os peritos. Já na última Eurocopa Sub-17 na Alemanha, ela eliminou os juniores de três potências dos futebol: Itália, França e Espanha. Na semifinal, desafiou até o último segundo a Holanda, que perdeu a final para a Alemanha.

Segundo Markus Frei, que treinou a Suíça Sub-17 campeã europeia em 2002 na Dinamarca, desde então, “a equipe fez progressos. Sua autoconfiança é enorme. Ela é estável na defesa e melhor do que a média no ataque”, disse ao jornal Tagesanzeiger.ch.

Embora o desempenho dos suíços impressione no Mundial da Nigéria e os olheiros (scouts) já sonhem em fazer grandes negócios com os jovens talentos, é provável que poucos consigam dar o salto para os grandes clubes europeus.

Dos campeões europeus de 2002, apenas Tranquillo Barnetta (Leverkusen – Alemanha), Philippe Senderos (Arsenal de Londres) e Reto Ziegler (Sampdoria – Itália) atigingiram formato internacional.

Geraldo Hoffmann, swissinfo.ch (com agências)

Confira a tabela das oitavas de final do Mundial Sub-17 na Nigéria

Quarta-feira (4/11)
Argentina 2 x 3 Colômbia*
Turquia 2 x 0 Emirados Árabes

Suíça 4 x 3 Alemanha
Itália 2 x 1 Estados Unidos

Quinta-feira (5/11)

Espanha x Burkina Fasso
Irã x Uruguai

México x Coreia do Sul
Nigéria x Nova Zelândia



* A Colômbia eliminou a Argentina com uma virada histórica (3 a 2), depois de estar perdendo por 2 a 0.

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