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Suíça enfrenta Portugal para voltar à elite mundial do tênis

Federer dá autógrafos e posa durante treino, terça-feira, em Berna Reuters

Um confronto entre David e Golias, é o que vai acontecer quando Portugal e Suíça se encontrarem para disputar a ronda final do Grupo I da Zona Europa/ África da Taça Davis, entre 8 e 10 de julho, em Berna.

Na mais importante competição do tênis internacional por equipas, Portugal e Suíça disputam o acesso às eliminatórias que podem abrir as portas do Grupo Mundial, que reúne a elite das seleções de tênis.

Se, por um lado, a selecção portuguesa atravessa o seu momento mais alto e tem em  Frederico Gil o melhor tenista de sempre –  já foi nº 62 da classificação mundial e atualmente está em nº 90 –  o fato de Roger Federer,  antigo nº 1 do mundo e neste momento na 3ª posição do ranking,  defender as cores da Suíça e lutar pelo regresso ao Grupo Mundial, faz com que o favoritismo helvético seja reforçado.   

Se vencer Portugal, a Suíça terá ainda de ganhar uma partida eliminatória em setembro para voltar ao Grupo Mundial.

Mas, Portugal vem de uma vitória sobre a Eslováquia (4-1), com a qual assegurou o seu grande objectivo de permanência no Grupo Mundial. É,  então, sem pressões mas com muita determinação em dar o seu melhor, que o colectivo português, orientado pelo capitão  Pedro Cordeiro, se apresenta em Berna.  

Em entrevista à swissinfo.ch,  terça-feira  (5) em Berna, o capitão português  disse que “o que gente espera é um jogo muito difícil contra uma equipa que tem mais que nível para estar no Grupo Mundial,  mas não temos nada a perder. Tenho certeza que nossos jogadores darão o melhor, até para se mostrar ao tênis mundial”.

Presença de Federer

Portugueses e suíços treinaram pela primeira vez terça-feira, no piso duro montado para as partidas. Respondendo a uma pergunta se swissinfo.ch se espera muita resistência dos portugueses, Roger Federer disse que “conhece os jogadores portugueses, bons principalmente no saibro. Por isso é que escolhemos esse piso, que já nos dá uma certa vantagem; ainda jogamos diante de nosso público o que é outra vantagem. Mas nunca se pode subestimar o adversário.”

Questionado ainda se a Copa Davis passa a ser uma prioridade para ele, Federer responde “que é uma prioridade atualmente para a equipe subir para o Grupo Mundial, depois não sei”, acrescentando que “tem a intenção de estar mais presente”.  Por sua vez  Stanislas Wawrinka disse que “previsões de partida fácil são para os jornalistas e que nós, jogadores, sabemos que temos de jogar ponto por ponto”.

Ambição e determinação são marca lusa

O capitão português Pedro  Cordeiro  aponta como pontos fortes da formação lusa a ambição e o espírito de grupo: “São todos jovens e há um excelente espírito de grupo, de equipa, uma vez que já fazem parte da selecção há algum tempo. São jogadores com muita ambição. Todos eles gostam imenso de representar o país, o que faz com que se esfrorcem sempre ao máximo.”

Para o Presidente da Federação Portuguesa de Tênis,  Corrêa Sampaio,  as expectativas são de que a selecção possa “jogar bem e fazer boa figura.” Mas ”a Suíça vai jogar com a melhor equipa”.

Frederico Gil, um jogador agressivo

Presentemente na sua melhor época, Frederico Gil, que já defrontou Roger Federer em 2008, nos quartos-de-final do Estoril Open, considera o suíço “o melhor jogador de ténis de todos os tempos”.

 Assumindo-se como “um jogador agressivo” que “gosta de procurar o ponto”, Gil reconhece que gosta de jogar contra Federer: “Gosto de jogar contra ele. Tem um jogo que encaixa bem no meu” – adiantando- “Ele não gosta de ser atacado.”

Falantes de português, procuram-se

A importância do apoio do público é algo que nem sempre parece ser óbvio quando se trata de uma competição de tênis. Mas, para quem está no court todo o apoio é válido. Uma palavra, um aplauso, uma bandeira, podem ser elementos que permitem ao atleta reencontrar-se e, num momento dificil, dar volta por cima.

Frederico Gil  revela que espera ter o apoio das comunidades de portugueses e brasileiros que vivem na Suíça, assim como de todos aqueles que, desde Portugal, se deslocam para vibrar com a selecção lusa.

Tênis português em crescendo

Os resultados internacionais permitem-nos reconhecer que o tênis português está  no seu melhor momento. Para o Presidente da Federação é reflexo do programa que tem sido implementado para fazer “crescer a qualidade do ténis em todos os escalões etários”.

8, 9 e 10 de julho de 2011

Local: Postfinance Arena (8 mil lugares)

Cidade: Berna, Suíça
Piso: Indoor duro

Seleção da Suíça:
Roger Federer (nº 3)
Stanislas Wawrinka (nº 15)
Stephane Bohli (nº 150)
Marco Chiudinelli (nº 206)
Severin Luthi (capitão)

Seleção de Portugal
Frederico Gil (nº 90)
Rui Machado (nº 93)
João Sousa (nº 198)
Leonardo Tavares (nº 311)
Pedro Cordeiro (capitão)

Suíça foi relegada do Grupo Mundo da Taça Davis em 2010, depois de perder com a Espanha e o Kazaquistão. Federer , que não estava disponível para os dois encontros, teve a sua última participação na competição em 2009, quando contra  a Itália a Suíça ganhou por 3-2.

Atualmente é nº 18

Portugal participou pela primeira vez na Taça Davis em 1925. Desde então, a melhor classificação que conseguiu foi em 1994 quando alcançou os play-offs do Grupo Mundo.

Atualmente é  nº 33

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