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Suíça faz balanço parcial positivo da Euro

Schmid (dir), Weibel (c) e Mutschler (esq.): balanço positivo da Euro. Keystone

De acordo com cálculos preliminares, cerca de 2,7 milhões de pessoas visitaram as áreas de projeções públicas e os estádios da Suíça até as quartas-de-final da Eurocopa.

O Ministério suíço da Defesa e dos Esportes e outras autoridades envolvidas na organização garantem que o torneio foi um sucesso. A Uefa aponta os voluntários, o transporte público e os países anfitriões como vencedores.

Depois de três semanas de jogos e às vésperas da disputa da final (no domingo, em Viena), o balanço preliminar da Euro 2008 na Suíça é completamente positivo. Os organizadores falam de uma história de sucesso.

“Provamos que somos capazes de organizar e realizar eventos dessa grandeza sem problemas”, disse o ministro suíço da Defesa e dos Esportes, Samuel Schmid.

A Suíça também mostrou que “nós sabemos fazer uma festa do futebol”, acrescentou. Segundo Schmid, a Euro transcorreu pacificamente, mas mesmo assim os altos investimentos em segurança se justificaram.

De acordo com um cálculo preliminar, aproximadamente 2,7 milhões de torcedores visitaram as áreas de projeções públicas e os estádios suíços até as quartas-de-final.

A meta de realizar uma festa alegre, pacífica e de união entre os povos foi atingida, disse Benedikt Weibel, encarregado do governo suíço para a Euro 2008.

Ele mostrou-se surpreso com o fato de que as fanzones (praças de fãs) suíças tenham tido uma visitação 30% melhor do que as austríacas. Em função da “invasão holandesa” (veja links), o número de fãs em Berna e na Basiléia chegou ao limite do que essas cidades podiam suportar.

Segundo Weibel, o orçamento público de 82 milhões de francos, previsto para a organização do torneio, não será estourado.

Irritações com a Uefa

Weibel não escondeu também em seu balanço irritações ocorridas com a Uefa. Segundo ele, a entidade não obrigou a Suíça a ser co-anfitriã da Euro, “mas futuramente é necessário um debate público sobre os limites da comercialização de tais eventos”.

O representante das polícias estaduais e da Justiça, Markus Notter, informou que, até a última quarta-feira, a polícia teve o correspondente a 50 mil dias de trabalho em função da Euro. “Apenas” 550 pessoas teriam sido detidas, cerca de 90% de forma preventiva, sobretudo porque estavam bêbadas.

Além disso, 3.600 pessoas teriam recebido tratamento paramédico, a maioria também por consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Segundo as autoridades de segurança, o número de detidos durante a Eurocopa na Suíça foi relativamente inferior ao da Copa 2006 na Alemanha. O exército chegou a mobilizar, no máximo, 6.800 soldados simultaneamente – no total, 100 mil dias de trabalho. “Sem o exército não teríamos conseguido realizar a Euro”, disse Notter.

No banco de dados de hooligans dos 16 países participantes foram registrados 6.500 nomes, 230 pessoas foram proibidas de entrar na Suíça.

O diretor do torneio da Uefa, Christian Mutschler, mostrou-se satisfeito também com o aspecto esportivo. “Foi mostrado até aqui um futebol atraente, de alta qualidade, ofensivo e com muitos gols [76 até as semifinais]”, disse.

Mutschler apontou três vencedores da Euro: os milhares de voluntários, o transporte público e os países anfitriões. Ele só esqueceu de mencionar a principal ganhadora em termos financeiros: a própria Uefa.

Um balanço final da Eurocopa pelas autoridades da Suíça e da Áustria deve ser feito somente após a final de domingo entre Alemanha e Espanha, em Viena. No mesmo dia, a Uefa pretende apresentar os seus números sobre o torneio.

swissinfo com agências

2,7 milhões de pessoas visitaram as quatro cidades-sede da Euro na Suíça (Basiléia, Berna, Genebra e Zurique) até as quartas-de-final.

Zurique teve o maior número de torcedores no public viewing: 800 mil.

As 16 arenas UBS na Suíça receberam 850 mil pessoas.

550 pessoas foram temporariamente detidas (uma por 4.200 visitantes; na Copa 2006 essa relação foi de uma por 2330).

As polícias suíça e alemã barraram cerca de 80 hooligans na fronteira.

2530 pessoas receberam tratamento médico ambulante, das quais 215 em hospitais

As quatro cidades-sede recebe 1027 vôos adicionais trazendo torcedores

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