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Suíça quer vencer Portugal na despedida da Euro

Hoje é último jogo de Köbi Khun antes de ceder o lugar a Ottmar Hitzfeld. Keystone

Já eliminada de "sua" Eurocopa, a seleção da Suíça despede-se de seus torcedores, neste domingo, em Basiléia, contra Portugal, cumprindo apenas a tabela da competição.

O técnico Luiz Felipe Scolari confirmou que vai mudar cinco ou seis jogadores para esse jogo e explicou porque vai para o Chelsea: por causa do dinheiro e por motivos familiares.

Que equipe o técnico suíço Köbi Khun vai escalar para seu 73° e último jogo à frente da seleção nacional? O jogo deste domingo também é “especial” porque será o último da Suíça nesta Euro 2008.

O certo é que os suíços vão fazer tudo para jogar bem e, se possível, até ganhar enfim um jogo na fase final do Campeonato da Europa, coisa que não conseguiram fazer nas duas participações precedentes: em 1994 na Inglaterra e em 2004 em Portugal. “Devemos isso a nossos torcedores”, afirma o técnico auxiliar Michel Pont.

Assim, é a melhor equipe possível que será escalada, com exceção dos contundidos Alexander Frei e Marco Streller, principalmente.

Não existem reservas

“A noção de reserva não existe nesse nível. Como treinador, devo colocar os melhores em campo. E os que sofreram duas derrotas contra a República Tcheca e a Turquia talvez não sejam os melhores”, afirma o ex-jogador da seleção e técnico Umberto Barberis.

Comentarista de swissinfo durante a Eurocopa, ele acha que as mudanças no time são inevitáveis. “Não se trata de recompensa para os que não jogaram, mas de sair do Euro com a cabeça erguida. Para mim, a vitória não é necessária porque o adversário é de grande valor. Um empate já seria um bom resultado”.

Mesmo que tenham se classificado como primeiro do Grupo A, “os portugueses não vão abandonar esse jogo porque perder nunca é uma boa motivação. Portanto, os suíços não poderão atacar de qualquer jeito para não tomar uns três gols em pouco tempo”, adverte Barberis.

Ex-goleiro titular da seleção suíça, hoje no banco de reservas, Pascal Zuberghühler gostaria de encerrar sua carreira na seleção, iniciada em setembro de 1994, com um bom resultado. O ideal será começar jogando.

“Até aqui, não fizemos o necessário”, lamenta. “Não jogamos mal, mas cometemos erros na defesa e não conseguimos concretizar nossas oportunidades. Nesse nível de competição, esses erros não são perdoados. Resta uma última chance contra Portugal. Não sei se serei titular, mas se o técnico me solicitar, estou pronto.”

Christiano Ronaldo, Deco e os outros…

Do lado português, os questionamentos são outros sobre a escalação da equipe no jogo desta noite. Os lusitanos nada têm a provar nesse encontro frente aos suíços, mesmo que os adeptos sempre esperem muito da seleção.

O técnico Luiz Felipe Scolari disse, em coletiva à imprensa, que vai mudar cinco ou seis titulares para a partida contra Suíça.

Nuno Tiago Pinto, do semanário Sábado, reconhece “que os adeptos querem ver Christiano Ronaldo, mas sabem que ele ainda jogará nas quartas-de-final. Se ele e outros titulares ficarem no banco, os torcedores também gostam muito de Nani e Quaresma.”

swissinfo, Mathias Froidevaux

Durante a coletiva de sábado (14/06) à noite na Basiléia, Felipão explicou que foram motivos financeiros e familiares que o levaram a assinar um contrato com o Chelsea, a vigorar a partir de 1° de julho próximo.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, não teria conseguido fechar um “pacote” com os patrocinadores para segurar o técnico brasileiro. Por isso, teria dado luz verde para Scolari ir para o Chelsea. No clube inglês, Felipão deve ganhar entre 6 e 7,5 milhões de euros por ano.

“Eu tenho uma família. Eu darei ao meu filho, por exemplo, a possibilidade de estudar em outro lugar. Às vezes é bom fazer algo diferente. Além disso, vou completar 60 anos em breve. Quero trabalhar mais uns quatro ou cinco anos e depois me aposentar”, disse Scolari. Ele disse que continua tendo uma boa relação com Madail e que ama o povo português.

Contra Portugal, a Suíça tentará vencer sua primeira partida em uma fase final do Campeonato da Europa.

Na Inglaterra em 1996, a Suíça empatou com os donos da casa (1 a 1) , perdeu para a Holanda (2 a 0) e para a Escócia (1 a 0). Em 2004, em Portugal, a Suíça empatou com a Croácia (0 a 0), perdeu para a Inglaterra (3 a 0) e para a França (3 a 1).

Em 2008, os suíços perderam para a República Tcheca (1 a 0) e para a Turquia (2 a 1) e estão eliminados do Grupo A, antes do último jogo, contra Portugal.

Neste domingo, Turquia e República Tcheca disputam em Genebra a segunda vaga do Grupo A para as quartas-de-final.

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