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Suíça reavalia riscos de terremoto

O novo mapa mostra as regiões de maior risco, em vermelho. Keystone

Acaba de ser publicado o novo mapa sismológico da Suíça. O cantão do Valais e a cidade de Basiléia são as duas regiões de maior risco.

Há outras regiões de risco inferior e o mapa sismológico serve, entre outras coisas, para estabelecer nas normas de construção.

O cantão do Valais e a cidade de Basiléia são as duas regiões de maior risco de terremoto da Suíça.

Os riscos foram inclusive reavaliados em alta na região oeste do Valais e na Basiléia. Em compensação, foram avaliados em baixa em Genebra e na região do lago de Konstanz (nordeste).

No mapa precedente, de 1978, o Valais oriental era tido como de maior risco do que o ocidental mas agora todo o cantão foi colocado no mesmo nível, explicou o diretor do Serviço Sismológico Suíço, Domenico Giardini.

Calma enganadora

Nas duas regiões mais expostas (Basiléia e Valais) “podemos ter sismos entre 5 e 6”, afirmou Giardini. Uma faixa de riscos mais moderados fica entre Vevey (oeste) e Grisões (leste), passando por Schytz (centro). A planície, onde estão muitas cidades, e o Ticino (sul) são áreas pouco perigosas.

Em comparação internacional, a Suíça tem uma atividade sísmica moderada e não sofreu terremotos fortes nos últimos 30 anos. “Mas essa calma engana e nosso paíse deve se preparar para sismos futuros”, advertiu Giardini.

Exemplos do passado

Umas das maiores catástrofes ocorreu na Basiléia (noroeste), em 1536, quando a cidade foi destruida por um terromoto estimado em 6,5 da escala de Richter. As técnicas de construção evoluiram mas Basiléia concentra hoje algumas das maiores indústrias químicas do país.

Em 1601, um violento terremoto provocou um deslocamento de terreno dentro do lago de Quatro Cantões (centro) e onde de metros de altura que atingiram a cidade de Lucerna.

O mapa apresentado segunda-feira avalia os riscos para os próximos 475 anos. Ele serve de base também para definir as normas de construção privadas e de infra-estrutura. A norma SIA 261, adotada em 2003, já levava em consideração os dados deste último mapa.

Mas Giardini acha que a Suíça deveria tomar novas medidas de precaução. “O respeito da norma SIA 261 deveria ser extendido a todos os cantões, para os edifícios públicos e privados”, explica o diretor do Serviço Sismológico Nacional.

Outros especialistas acham que os riscos são exagerados e citam os custos de construção baseados nessas normas, estivados entre 5 a 10% do valor do imóvel.

“O potencial de vítimas e de danos manteriais é mais elevado que antigamente em razão da forte densidade populacional e de edifícios e obras de infra-estrutura”, conclui Domenico Giardini.

swissinfo com agências

O mapa sismológico anterior datava de 1978.
O mapa 2004 reavalia os riscos para os os próximos 475 anos.
Ele serve de base para as normas de construção.

– As duas regiões de maior risco de terremoto na Suíça é o Cantão do Valais (Sudeste)e a cidade de Basiléia (noroeste).

– Outra faixa de risco menor vai de Vevey (oeste) até Grisões (leste).

– A planície, onde estão muitas cidades e o Ticino (sul) são áreas de risco fraco.

– Basiléia foi totalmente destruida por um terremoto em 1536.

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