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Suíça tem primeiro caso de gato louco

O gato louco suíço teria sido contaminado com alimento produzido há varios anos. http://www.fanciers.com/breed-faqs/maine-coon-faq.html

Depois do mal da vaca louca, vem o mal do gato louco. O primeiro caso foi diagnosticado no estado de Vaud e o animal foi morto por um veterinário. O animal teria sido infetado há vários anos pela comida, segundo a Divisão Federal de Veterinária.

Um gato de 6 anos foi “eutanasiado” na Suíça depois de ter contraído a encefalopatia espongiforme felina, uma variante do mal da vaca louca. O diagnóstico foi feito pela Universidade de Berna e o caso foi revelado à imprensa terça-feira, 17.7, pela Divisão Federal de Veterinária (OVF), em Berna.

Trata-se do primeiro caso de gato louco na Suíça. O animal teria sido contaminado há vários anos com alimentos contendo material infetado, provavelmente cérebro ou medula de boi, segundo os especialistas.

Grã-Bretanha já teve muitos casos

A doença do gato louco é rara. Até agora, foi constatada uma centena de casos no mundo, 90 na Grã-Bretanha, região também mais afetada pelo mal da vaca louca. Outros felinos, leões e tigres, já foram contaminados em zoológicos.

“Dado o grande número de gatos domésticos, não se pode falar em epidemia no mundo”, afirma Heinz Müller, da Divisão Federal de veterinária. Na Suíça (país de apenas 7 milhoes de habitantes), existem cerca 1 milhão e 500 mil gatos domésticos e 500 mil cães, segundo a Sociedade para Alimentação de Animais Domésticos (VHN).

“Não há riscos para o ser humano nem para outros animais”, garante Heinz Müller, uma vez que, no estágio atual do conhecimento, a contaminação só ocorre na cadeia alimentar. Portanto, no caso, é só não comer gato, nem gato por lebre!

Mercado milionário

O caso coloca em questão o problema da alimentação para animais domésticos, um mercado de 344 milhões de francos suíços (mais de US 200 milhões), em 1999, na Suíça.

Em abril último, o secretário geral da Fediaf (Federação Européia da Indústria de Alimentos para Animais Domésticos), Thomas Meyer, declarou ao semanário suíço Hebdo(de Lausanne) que as partes do boi suscetíveis de transmitir a ESB (cérebro, medula, intestinos, órgãos linfáticos, baço, olhos, amídalas) foram banidas da indústria em 1989, quando surgiram os primeiros casos de gato louco.

Na Suíça, essas partes estão proibidas desde 1995 e a importação desde 1998. Pelo menos teoricamente, o primeiro gato louco suíço teria sido contaminado comendo enlatados produzidos antes dessas datas.

Claudinê Gonçalves

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