Suíça quer abrandar proibição da venda de marfim
Na Conferência da CITES em Nairobi sobre animais em perigo de extinção, o elefante e a baleia figuram em primeiro plano. A Suíça vai propor abrandamento de normas que proibem venda de marfim. 151 países participam da conferência que vai até dia 20.
A venda do marfim, tirado da presa do elefante, é tema controvertido a ser debatido na 11a. Conferência da Convenção sobre o Comércio Internacional das espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção – CITES, realizada de 10 a 20 de abril em Nairobi, no Quênia.
A África do Sul anuncia que vai solicitar autorização para vender o marfim e a pele de elefantes que devem ser abatidos nos Parques Nacionais. Botsuana, a Namíbia e Zimbábue manifestam intenção de ampliar o comércio limitado do marfim para o qual receberam autorização na conferência da CITES em Harare, em 1997. A comercialização havia sido totalmente proibida em 1989.
A Suíça vai aprovar essas propostas controvertidas. Mas organizações ecológicas receiam que com eventual aprovação da medida a caça furtiva recomece, ameaçando a existência dos elefantes africanos, estimados em 286 mil. Duas dessas organizações, “Born Free” (nascido livre) e a Coalizão Internacional para a Vida Selvagem (IWC, sigla inglesa) afirmam que em 1998 e 1999, 30 mil elefantes foram mortos na África, apesar da proibição…
O Secretariado da CITES na Suíça tem informação de que nesse período foram abatidos apenas 235 elefantes.
A conferência da CITES, assinada em 1973 e que tem por objetivo proteger animais e vegetais ameaçados de extinção deve também abordar outras questões delicadas como a proteção de certas espécies de baleias (com objeções do Japão e Noruega) e o tubarão branco além de alguns animais da Amazônia.
Participam dos trabalhos da conferência 1700 delegados de 151 países signatários da Convenção.
swissinfo com agências.
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