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Suíça tem mas não sabe vender tecnologia

Para os suíços, por enquanto, é mais fácil pesquisar que vender swissinfo.ch

Na vanguarda em certas tecnologias, a Suíça vai aprender a vendê-las nos Estados Unidos.

«Temos uma grande tradição de criatividade cientítica, mas ainda não sabemos transformar nossas descobertas de laboratorio em produtos comercializáveis”, constata o secretário de Estado para a Ciencia, Charles Kleiber.

Ele chefia uma delegação de cientistas e empresários suíços em viagem de uma semana aos Estados Unidos. Vão visitar o MIT (Massachussets Intitute of Technology), em Boston, depois Chicago e a Califórnia.

A Suíça está um pouco atrasada em material de transferencia de tecnologias”, confirma Christian Simm, do escritorio suíço de ciencia e tecnologia em São Francisco. Ele afirma que isso ocorre não somente com a microtecnologia mas “é uma questão de cultura”.

A próxima revolução

Os suíços são particularlente bons em nanitecnologias ou tecnologias nanicas, ou seja, da ordem do milésimo de milímetro. Não se trata apenas de miniaturalização. Nessas dimensões, as propriedades ópticas, magnéticas e mecánicas podem mudar radicalmente.As naniciências têm futuro e muitos especialistas consideram que é uma das áreas em que acontecerá a próxima revolução tecnológica, afirma Christian Simm. Será uma revolução que vai atingir todas as ciências, da medicina à informática, prevê..
Na vanguarda

Na pesquisa, a Suíça está bem. Segundo um estudo divulgado no ano passado, com 30 milhões de francos por ano investidos em nanitecnologia, a Suíça está vanguarda desse setor proporcionalmente ao número de habitantes.

Só um exemplo: foi no laboratório da IBM, em Zurique, que construiu-se o primeiro microscópio com efeito de túnel, quer permitiu pela primeira vez ver átomos, a menor parte constitutiva da matéria. A descoberta rendeu um prêmio Nobel de Física.

Histórias de sucesso

Os cientistas suíços têm muito a aprender, no entanto, para rentabilizar suas descobertas. “As escolas americanas são mais flexíveis e têm mais espírito empresarial do que as nossas”, afirma Charles Kleiber.

Mas as coisas evoluem. O Centro Suíço de Eletrônica e Micro-eletrônica de Neuchâtel (CSEM) orienta seus trabalhos em função do mercado. Seis novas empresas surgiram nos últimos 6 anos, criando produtos elaborados nos laboratórios do CSEM.

»É um modelo para os novos pesquisadores, cada vez mais propensos a montar suas próprias empresas e criar uma ligação entre o mundo da ciência e o mundo da indústria”, conclui Charles Kleiber.

swissinfo/Vincent Landon e Marc-André Miserez

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