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Swiss adere à Oneworld

A companhia aérea suíça Swiss preferiu trabalhar com a British Airways, do que com os alemães da Lufthansa. Keystone

Swiss vira membro integral da aliança aérea Oneworld e procura cooperação com a British Airways. Problemas de caixa ainda não resolvidos.

Com a decisão, conselho de administração da Swiss veta a venda da empresa à Lufthansa. Aeroporto de Zurique será um dos grandes beneficiados.

Depois de meses de especulação, surge finalmente luz no fim do túnel para a combalida empresa aérea suíça Swiss. Depois que a negociação das suas ações ficou congelada desde o início da semana, a empresa anunciou hoje vai fazer parte da Oneworld, a aliança de empresas que cobre 573 destinações em 136 países, em seis continentes.

Esse passo é de vital importância para a empresa, já que a aviação comercial no mundo está se concentrando em três grandes parcerias: Oneworld, Star Alliance e SkyTeam. A Oneworld integra companhias como a Britsh Airways, American Airlines e Lanchile.

Interesses geográficos

“Oneworld é para nós muito mais interessante, do ponto de vista geográfico”, declara André Dosé, presidente da Swiss. “No coração do continente europeu a aliança ainda não estava representada. O aeroporto de Zurique pode servir como um portão de trânsito para a Europa central. A Swiss é, nesse sentido, um bom complemento”.

Um dos principais interesses da Swiss é uma maior cooperação com a British Airways através de joint-ventures.

“A pedra-fundamental acaba de ser lançada”, disse Rod Eddington, chefe da companhia aérea inglesa. Parcerias podem ser reforçadas com o passar do tempo. Mesmo uma possível participação da British Airways na Swiss já está sendo cogitada.

Dentre algumas vantagens que os clientes terão, está o acesso a 380 “lounges” em todo o mundo. Os planos de vôo também deverão também ser ajustados com as outras companhias, para encurtar o tempo gasto nas transferências.

Também o programa de milhas da Swiss será integrado no “Executive Club” da British Airways. Para a Suíça irão permanecer as ligações diretas, importantes para a economia do país.

Turnaround em 2005

Em dificuldades econômicas, a Swiss espera alcançar o “turnaround” no ano que vem. “Resultados positivos são esperados a partir de 2005”, reforça André Dosé. “Através da integração na aliança Oneworld, acabamos com o risco de isolar a Swiss e trazemos confiança e perspectiva para a companhia”.

“A reestruturação da Swiss deve ser feita, porém, pela própria companhia”, lembra Dosé. Uma grande parte do plano já foi aplicada. O conflito com os pilotos foi resolvido, o que é importante para a Swiss.

Também quanto à redução da frota, o movimento está sendo positivo, lembrou Dosé. A Swiss pretende ter 79 aeronaves voando.

Governo não quer mais ajudar companhia

Há aproximadamente um ano a Swiss foi formada a partir da fusão da falida Swissair e da companhia aérea de vôos regionais Crossair.

Para financiar o difícil começo da nova empresa, o governo federal e os cantões deram uma injeção de 2,2 bilhões de francos suíços nos cofres da Swiss. Sem essa “cooperação”, especialistas consideravam que a empresa não teria condições de sobreviver.

swissinfo com agências

Essa aliança deverá trazer mais de 100 milhões de francos suíços de liquidez para a Swiss.

Ao mesmo tempo, a Swiss precisa de mais 500 milhões de francos suíços para melhorar sua dificil situação econômica.

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