Trabalho deixou ensinamentos

Pierre Casé no ateliê, fotografado por Marco D'Anna. swissinfo.ch

Marco D'Anna fala do ano que passou com Pierre Casé e os ensinamentos que tirou.

Swissinfo: Como foi esta viagem à criação de Pierre Casé?

Marco Dana: Uma viagem de um ano em torno dele exigiu muito empenho…uma viagem com vento forte, tivemos tempestades, um personagem que não nos deixa indiferente, uma experiência interessante!

Pude parar na ilha de Maggia aonde existem paisagens dos quais Casé tirou a inspiração para as suas obras, o seu trabalho…um percurso intenso do qual tem sempre o que aprender. Cada viagem nos ensina muito, neste caso pude conhecer melhor o Pierre Casé e o seu mundo e me deixou muitos ensinamentos.

Como foi que você conseguiu se tornar invisível aos olhos de Pierre Casé?

MD: Não foi uma estratégia formulada para este trabalho. Eu sou uma pessoa discreta no meu cotidiano. Tento ser assim também no meu trabalho. Tento nao ser incoveniente, isso atrapalha. Trabalhei muito com fotoreportagem e quando você assume o papel de invasor significa que algo não funciona. Preciso ser sempre discreto na vida e no trabalho…

Você mudou o jeito de interpretar o trabalho de Pierre Casé depois deste projeto?

MD: Certamente um ano de vida “em comum” te faz ver uma pessoa de maneira diferente, te mete numa relação diferente. Hoje, se fosse iniciar o projeto do zero, seria tudo muito diferente.

Alguma curiosidade sobre a personalidade do artista que você realçaria?

MD: Pierre Casé é uma personalidade de sangue quente, um personagem eclético…e os seus melhores amigos dizem que tem a cabeça dura como o granito…isso diz tudo, não?!

Quais foram os critérios para a seleção das fotos?

MD: Este trabalho se estrutura em três modos bem precisos: fotoreportagem, fotointerpretativa – aonde eu interpretei os lugares de onde Casé tirou inspiração – e retratos.

Cada seção tem uma proposta específica, pequenos formatos para reportagem, medio formato para paisagens e grande formato para os retratos…uma estrutura muito bem definida e por isso nao tive dificuldades em escolher 50 de milhares, pois tinha uma idéia muito clara do que queria.

swissinfo, Guilherme Aquino, Veneza