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1.300 pedófilos na Internet

Desde 1° de abril de 2002, a compra e detenção de material pornográfico é crime na Suíça. Keystone

Vasto inquérito feito em toda a Suíça descobriu 1.300 pessoas suspeitas de comprar imagens de pornografia infantil pela Internet, o que é crime na Suíça.

As imagens de crianças estavam disponíveis em sites de uma empresa nos Estados Unidos.

Comprar ou deter imagens de pornografia pesada, principalmente com crianças, é crime na Suíça desde 1° de abril último, quando entrou em vigor uma lei nessa matéria.

300 mil clientes

As investigações em curso foram reveladas pelo jornal Blick, de Zurique, baseadas em informações da política americana e da Interpol, polícia internacional.

O FBI, polícia federal dos Estados Unidos, está investigando há 3 anos o portal Landslide, que hospeda 300 sites de pornografia infantil. Segundo o Blick, o portal teria mais 300 mil clientes que pagam para visualizar e copiar as imagens, 1.300 na Suíça.

Os internautas pagam com cartões de crédito, o que permitiu à polícia americana identificar os proprietários do portal e os clientes.

“A Interpol nos transmitiu essa lista em agosto de 2001”, explica Daniele Bersier, porta-voz da Secretaria Federal de Polícia (OFP). “O dossier foi transmitido aos Cantões só em junho passado porque, num caso dessa amplitude, foi necessário fazer investigações preliminares para ter o máximo de informações sobre as pessoas suspeitas.”

Intestigações nos Cantões

No sitema federalista suíço, as investigações são da competência dos Cantões (estados) e são apenas coordenadas pela Secretaria Federal de Polícia.

Os primeiros resutados surgiram semana passada quando dois professores e um psicólogo foram suspensos de suas funções no Cantão de Soleure. As investigações continuam em outros 6 Cantões.

As informações vazaram para a imprensa provavelmente na manifestação contra a pedofilia realizada sábado passado, em várias cidades suíças. Alguns organizadores falaram então da existência de uma “lista negra” e criticavam o imobilismo das autoridades.

Não há polícia especializada

George Glatz, presidente do Comitê Internacional pela dignidade da criança (CIDE) afirma que “a revelação do Blick pode ser contraprodecente porque as pessoas sob investigação poderão destruir as imagens que detém.”

A polícia suíça tinha um projeto piloto de investigação da pornografia na internet mas foi abandonado por falta de recursos. Uma nova unidade especializada deverá começar a operar em janeiro de 2003, financiada pelo governo federal e pelos governos estaduais.

swissinfo com agências

– 1.300 pessoas estão sendo investigadas na Suíça
– Comprar ou estocar material pornográfico é crime
– site americano tinha 300 mil clientes
– Investigações também ocorrer na Alemanha, Áustria, Inglaterra e França

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