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Alemanha derrota a Turquia de virada e vai à final

Jogadores alemães comemoram a classificação após o gol de Lahm (6). Keystone

Depois de estar em desvantagem no placar, a seleção alemã conseguiu virar o jogo, derrotou a Turquia por 3 a 2, na Basiléia, e vai disputar a final da Eurocopa contra o vencedor da partida entre Espanha e Rússia.

Os alemães tiveram um desempenho bem inferior ao mostrado no jogo contra Portugal, nas quartas-de-final, e os turcos novamente surpreenderam, mas Lahm marcou o gol da vitória no último minuto.

As cores preto, vermelho e dourado dominavam no estádio da Basiléia e uma faixa da torcida alemã anunciava o objetivo do jogo: “Destino Viena”. Antes do apito inicial, os capitães das duas equipes – Ballack e Rüstü – leram uma mensagem contra o racismo.

Com base no princípio de que “não se mexe em time que está ganhando”, o técnico alemão Joachim Löw colocou em campo a mesma equipe que derrotou Portugal por 3 a 2 nas quartas-de-final. A seleção turca veio com vários reservas, uma vez que quatro jogadores estavam suspensos e cinco contundidos.

As duas equipes começaram muito cautelosas, os turcos mais engajados. Os alemães pareciam um pouco nervosos e cometeram várias falhas seguidas na defesa. No meio-campo, o brasileiro Mehmet Aurélio fazia marcação cerrada ao capitão alemão Ballack.

Aos 13 min, Kazim recebeu cruzamento na área e mandou uma bomba no travessão do gol guarnecido por Lehmann. Essa advertência causou uma primeira reação da Alemanha, que pouco depois apareceu pela primeira vez na área turca, mas sem criar perigo.

A Turquia aumentou a pressão e, aos 22 min, em nova jogada pela direita, Sabri cruzou, Kazim mandou a bola no travessão e Ugur pegou o rebote para marcar o gol pelo meio das pernas de Lehmann.

A primeira vantagem aberta no placar pela Turquia nesta Eurocopa só durou quatro minutos. A Alemanha reagiu e, num contra-ataque pela esquerda, Podolski cruzou e Schweinsteiger desviou a bola para o fundo das redes do goleiro Rustu: 1 a 1.

Até o intervalo, a equipe turca exigiu mais duas defesas difíceis de Lehmann, através de cobranças de falta de Altintop e Ugur. Do outro lado, Podolski desperdiçou uma chance para virar o jogo.

Ao final do primeiro tempo, o favoritismo da Alemanha havia desaparecido. Sua defesa agia de forma muito passiva, sem conter os avanços perigosos dos turcos. Ballack falou muito com seus companheiros, mas jogou pouco no primeiro tempo.

Segundo tempo

No intervalo, o técnico alemão substituiu Rolfes por Frings no meio-campo e passou a ter em campo dez dos onze titulares eliminados na semifinal da Copa 2006 pela Itália.

Aos 7 min da etapa final, houve um grito de indignação do banco e da torcida alemã no estádio. O lateral-esquerdo Lahm foi derrubado na linha da grande área, os alemães reclamaram pênalti, mas o árbitro suíço Massimo Busacca sequer marcou falta.

Na seqüência, o jogo tornou-se mais duro, com muitas interrupções por faltas. A equipe alemã, com um desempenho bem mais fraco do que contra Portugal, errava muitos passes, enquanto os turcos mantinham a pressão.

Nos últimos 11 minutos, numa fase dramática, os torcedores no estádio e diante das TVs e dos telões ainda foram recompensados por três gols.

Aos 34 min, a Alemanha parecia ter decidido o jogo. Lahm lançou Klose na área, o goleiro Rüstü saiu caçando borboleta e o atacante alemão marcou o 2 a 1.

Aos 41 min, Semih empatou para a Turquia, aproveitando uma falha coletiva da defesa alemã, a começar por Lahm. E, no último minuto do tempo regulamentar, o mesmo Lahm tabelou com Hitzlsperger, entrou na área turca e marcou o gol da vitória e da classificação alemã.

O final da partida lembrou as vitórias de último minuto da Turquia contra a Suíça, a Croácia e a República Tcheca. Mas desta vez a Alemanha teve a sorte dos turcos: jogou mal e ganhou com um gol no último minuto, à moda turca.

Contra a Espanha ou a Rússia, que dispuntam a segunda semifinal nesta quinta-feira em Viena, a Alemanha vai disputar sua sexta final numa Eurocopa – foi campeã em 1972, 1980 e 1996 e vice-campeã em 1976 e 1992.

swissinfo, Geraldo Hoffmann

Alemanha: Lehmann – A. Friedrich, Mertesacker, Metzelder, Lahm – Hitzlsperger, Rolfes – Schweinsteiger, Ballack, Podolski – Klose (Jansen)
Técnico: Joachim Löw

Turquia: Rüstü – Sabri, Gökhan Zan, Mehmet Aurélio, Hakan (Mevlüt)- Hamit Altintop, Mehmet Topal – Kazim (Tümer), Gökdeniz, Ugur (Gökdeniz) – Semih
Técnico: Fatih Terim

Data: 25/06/2006
Local: Basiléia, Suíça
Público: 42,5 mil (lotado)
Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)
Assistentes: Matthias Arnet (Suíça), Stéphane Cuhat (Suíça), Peter Fröjdfeldt (Suécia)
Gols: Ugur (T), aos 22 min do 1T; Schweinsteiger (A), aos 26 min do 1T; Klose (A), aos 34 min do 2T, Semih (T), aos 41 min do 2T, Lahm (A) aos 45 min do 2T
Cartões amarelos: Semih (T)

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