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Lavagem de dinheiro: duplicam as denúncias.

Denúncias envolvem 1,5 bilhão de francos. Keystone

Divisão federal que se ocupa de lavagem de dinheiro recebeu mais do dobro de comunicados relativos a suspeita de reciclagem de dinheiro, na maioria procedentes de bancos. O setor não-bancário continua pouco ativo...

Escritório de Comunicação para casos de lavagem de dinheiro, órgão dependente da Divisão Federal suíça da Polícia – DFP – informa ter recebido de abril de 1999 a abril de 2000, 370 denúncias de possível lavagem de dinheiro.

As somas envolvidas totalizam 1,5 bilhão de francos, quase um bilhão de dólares.

No período precedente ocorreram 160 comunicados. Mas segundo a DFP o aumento não significa necessariamente que somas superiores foram recicladas. Demonstaria simplesmente que os responsáveis por lavagem de dinheiro não podem efetuar impunemente as operações “ficando na sombra”.

A Suíça é uma das principais praças financeiras do mundo, atraindo capitais de toda a espécie, mesmo de origem criminosa.

Há 2 anos, desde abril de 1998, nova lei obriga os banqueiros e outros intermediários a denunciarem clientes suspeitos. Antes quem o fizesse violava o sacrossanto sigilo bancário, que foi portanto abrandado.

A julgar pelo crescente número de denúncias, os bancos têm aplicado as normas em vigor. Já não poderia dizer o mesmo de instituições financeiras, advogados e notários que podem aceitar fundos de origem duvidosa sem correr graves riscos.

A Divisão Federal da Polícia indica na terça-feira, 27 de junho, que 85 por cento dos comunicados vieram de bancos, sendo que a participação do setor não-bancário ficou aquém das expectativas.

Assinala também que numerosos casos estão relacionados com o “Bank of New York” – relativo a desvio de ajuda do FMI à Rússia – e ao “affair Abacha”, nome do falecido ditador nigeriano. Ambos estão sendo investigados.

Vale lembrar ainda que a cooperação internacional desempenha papel determinante no combate à lavagem de dinheiro. A divisão federal suíça que se ocupa da questão participa ativamente das reuniões do GAFI – Grupo de Ação Financeira sobre lavagem de dinheiro, órgão ligado à OCDE, Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, reunido países industrializados do bloco ocidental.

swissinfo com agências.

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