Lisboa-Cascais é considera favorita
Ventos regulares, meteorologia previsível e tradição marítima são algumas das vantagens avançadas pela candidatura de Lisboa-Cascais à organização da 32a Copa da América, em 2007.
A escolha de uma entre as quatro cidades candidatas será anunciada em Genebra, dia 26 de novembro.
A empresa mandatada para escolher a cidade que vai organizar a Copa da América em 2007 continua a examinar as quatro candidaturas (Lisboa-Cascais, Valência, Marselha e Nápoles) e a negociar com seus representantes mas garante que a escolha ainda não foi feita.
Critérios
“Quando chegar o momento, comunicaremos a decisão aos que nos atribuiram esse mandato”, afirma Michel Bonnefous, presidente da America’s Cup Management, a empresa que examina as candidaturas.
O mandato foi atribuido pelo “Team Alingh” e a escolha será anunciada dia 26 de novembro, em Genebra.
Como os suíços ganharam a Copa da Nova Zelândia, têm o direito de designar a cidade marítima que sediará a 32a edição da mais tradicional e importante das competições de vela.
A escolha é baseada em 5 critérios: os ventos, as qualidades esportivas, as infra-estruturas, o interesse turístico, o apoio político e a segurança.
Nas avaliações da imprensa suíça, que enviou repórteres às quatro cidades, Lisboa-Cascais aparece como favorita. A avaliação mais positiva foi a da Tribuna de Genebra, que a considera como a preferida pelos marinheiros.
Lisboa e Cascais
Os pontos mais positivos são a regularidade e previsibilidade dos ventos, a facilidade de acesso a Lisboa e o fato da capital portuguesa ser uma das mais seguras e baratas cidades européias. O aspecto turístico Lisboa e da costa do Estoril também é levado em consideração.
O projeto da candidatura Lisboa/Cascais prevê a a construção das bases das 17 equipes que participarão da Copa América 2007 em Lisboa, entre Pedrouços e Algés, às margens do Rio Tejo.
As regatas serão realizadas em Cascais. Entre as bases das equipes e o local das competições, a distância é equivalente à da última Copa América na Nova Zelândia.
Impacto econômico
Não é por acaso que existe uma luta acirrada entre as quatro cidades candidatas a sediar a Copa América.
Com os investimentos em infra-estruturas que modernizam áreas importantes das cidades, a divulgação da imagem durante as competições e o retorno em turismo a médio e longo prazo, muitos interesses estão em jogo.
Em Lisboa-Cascais, os investimentos em infra-estrutura estão orçados inicialmente em 200 milhões de euros. Isso é muito pouco se confirmadas as previsões de retorno entre 1,2 e 1,5 bilhão de euros.
A título de comparação, o retorno previsto da organização do EURO 2004 de seleções de futebol, também em Portugal, é de 850 milhões de euros.
O cálculo do retorno da Copa América leva em consideração os três anos anteriores à competição em que as equipes começam os preparativos e treinamentos, que também atraem turistas. Calcula-se que nesse período, a competição deva atrair de 600 a 700 mil turistas a Portugal.
swissinfo, Claudinê Gonçalves
– Suíços da Alingh ganharam a Copa da Nova Zelândia e por isso vão organizar a 32a edição.
– A Copa América é a mais prestigiosa das regatas marítimas e, portanto, não pode ser realizada na Suíça.
– Escolha da cidade-sede será feita pela AC Management, empresa suíça contratada para organizar o evento.
– Entre as vantagens de Lisboa-Cascais estão os ventos regulares, a capacidade turística da região e tradição marítima de Portugal.
– Lisboa-Cascais terá investimentos de 200 milhões de euros em infra-estrutura.
– O retorno é estimado entre 1,2 e 1,5 bilhão de euros.
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