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“Minha meta agora é voltar à lista dos dez melhores”

Stanislas Wawrinka durante a partida contra Víctor Hanescu em Buenos Aires. Keystone

O suíço Stanislas Wawrinka, 15° no ranking mundial, foi a novidade na ‘Copa Claro 2011’ de Buenos Aires onde chegou à sua segunda semifinal do ano.

Depois de ter vencido, em janeiro, o aberto de Chennai na Índia, o suíço desembarcou pela primeira vez na América Latina e surpreendeu com um dos melhores rebotes do ATP portenho.































No Buenos Aires Lawn Tennis Club, tudo foi adrenalina na semana passada: às principais figuras locais se somaram estrelas do tênis internacional para disputa a Copa Claro, terceira etapa dos quatro torneios latinoamericanos da ATP World Tour 250.

Stanislas Wawrinka, segundo suíço do ranking mundial, era favorito para o torneio de Buenos Aires, mas finalmente o vencedor foi o espanhol Nicolás Almagro (13°).

Também participaram do torneio os argentinos argentinos Juan Ignacio Chela (35º), David Nalbandian (20º) e Juan Mónaco (30º), os espanhóis Albert Montañés (25º) e Tommy Robredo (32º) e o romeno Víctor Hanescu (56º), entre outros.

Stan – como gota de ser chamado – fez uma pausa em seu treinamento diário para receber swissinfo.ch. e falar do torneio, se sua carreira, de sua relação com Roger Federer e de suas perspectivas profissionais.

swissinfo.ch: Por que Buenos Aires?

 

Stanislas Wawrinka: É a primeira vez que venho à Argentina e estou muito feliz de conhecer este país e esta cidade. Como desta vez não tinha que jogar a Copa Davis, tinha várias semanas livres e achei que era a melhor opção.

swissinfo.ch: Este torneio no saibro lhe da alguma vantagem?

S.W.: Foi uma escolha fácil vir aqui por sempre queria vir à América do Sul. Além disso, pode ser uma boa preparação para os torneios de Miami e Indian Wels nos Estados Unidos, em março.

swissinfo.ch: Como você qualifica este encontro em Buenos Aires?

S.W.: Esta copa tem muitos jogadores importantes, sobretudo espanhóis e argentinos. Por isso é um torneio difícil de ganhar.

swissinfo.ch: Então falemos de alguns jogadores que estiveram neste ATP. Juan Mónaco, por exemplo.

 

S.W.: Mónaco e eu nos conhecemos há muito tempo, temos a mesma idade e jogamos muitos “juniores” juntos. É muito bom jogador, sobretudo na Argentina onde sempre tem um desempenho muito bom. É difícil ganhar dele. Por sorte pude impor meu jogo e vencê-lo por 7/5, 6/3, nas quartas-de-finais.  

swissinfo.ch: E David Nalbandian?

 

S.W.: Sempre gostei de Nalbandian, tem resultados impressionantes e é muito bonito vê-lo jogar porque tem um talento incrível e um saque muito forte. É claro que David é um dos argentinos melhor classificados e gosto de jogar contra ele. Aqui ele é muito querido. Não caí para jogar com ele, mas disputar a final com Nalbandian teria sido “uma final de sonho.”

swissinfo.ch: Mesmo se ele não jogou aqui, o que você de Juan Martin Del Potro, que derrotou Federer em 2009 no Aberto dos Estados Unidos?

 

S.W.: Del Potro é muito bom. Ele ganhou um Grã Slam dois anos atrás, porém lamento que tenha de machucado. Ficar um ano sem jogar não é fácil para nenhum esportista. Mas ele é muito jovem e certamente vai recuperar seu nível.

swissinfo.ch: Em um esporte tão competitivo, você é o segundo melhor jogador da Suíça. Como é sua relação com Roger Federer?

 

S.W.: Para mim Roger é o melhor jogador de todos os tempos. Ele é realmente incrível e deve bater todos os recordes. Acho que ninguém pode alcançar seu nível. Nos conhecemos há mais de dez anos e treinamos muito durante esse período. Além de dar a possibilidade de treinar com ele, jogamos juntos na Copa Davis e ganhamos o ouro olímpico em Pequim, em 2008.

Com Roger tenho minhas melhores recordações do tênis e é certo que nos entendemos muito bem dento e fora das quadras.

swissinfo.ch: Falemos de sua carreira, como é sua época atual e o espera pela frente?  

 

S.W.: Pessoalmente estou muito contente com minha carreira e espero subir no ranking e continuar progredindo. Minha meta agora é votar à lista dos dez melhores (top ten), mesmo se é muito difícil. Por sorte tive um bom início de ano, porém este é um trabalho constante.

swissinfo.ch: Quais são os próximos passos?

 

S.W.: Semana que vem vou à Acapulco, no México, depois a Indian Wells e Miami e, em seguida, são os torneios de saibro na Europa.

swissinfo.ch: Como você imagina sua vida depois do tênis?

 

S.W.: Não imagino. Sou muito jovem. Agora o tênis é minha pa

xão e é por isso que treino tanto. É uma grande sorte que tenho de poder jogar e aproveitar bem. Neste momento só penso que estou na metade de minha carreira e que vou dar o melhor de mim para pode chegar ao mais alto que puder.  

.swissinfo.ch: Vai continuar morando na Suíça?

 

S.W.: Vou. Gosto do meu país e da cidade onde vivo (nr: Saint Barthélemy, a dez minutos de Lausanne, oeste). Viajo dez meses por ano e voltar para a Suíça sempre me faz muito bem.

Nasceu em 28 de março de1985 em Lausanne, oeste da Suíça.

Começou a jogar tênis aos 8 anos e aos 15 parou de estudar para se dedicar exclusivamente ao tênis.

Começou a jogar torneios de juniores aos 14 anos e depois participou de torneios de satélites. Ganhou Roland Barros júnior em 2003.

É destro, considera o saibro sua superfície favorita e seu ponto forte o reverso.

É profissional desde 2002. 

Seu treinador atual é Peter Lundgren

Está atualmente em 15° lugar no ranking mundial ATP, Associação dos Tenistas Profissionais..

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