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Portugal vai atacar a República Tcheca

Scolari: confiante, mas prudente Keystone

"Muitas vezes, a melhor defesa é um bom ataque". Com o lugar-comum, que ele mesmo advertiu que diria, Luiz Felipe Scolari deu a entender que Portugal vai começar o jogo desta quarta-feira, atacando a República Tcheca.

O time deve ser o mesmo que começou o jogo contra a Turquia, mas o técnico tem Fernando Meira como opção no meio-campo, “porque o adversário tem média de 1,84 de altura”.

Portugal vai começar o jogo contra a República Tcheca, em Genebra, com a mesma equipe do jogo contra a Turquia. “Temos alguns jogadores de baixa estatura e que poderão sofrer principalmente em bolas paradas, mas, em princípio não muda nada”, disse Scolari em coletiva à imprensa em Neuchâtel. Depois dirigiu o último treino antes de jogo, fechado para a imprensa.

Antes do treinador, Nuno Gomes e Ricardo Carvalho também falaram com a imprensa (veja trechos das entrevistas na coluna ao lado).

Jogo mais físico dos tchecos

Para enfrentar o jogo mais físico dos tchecos, Felipão disse que será com a qualidade técnica dos jogadores portugueses, com trabalho rápido de bola. Será preciso também “marcar mais próximo” o adversário para dificultar que os tchecos chegam à área portuguesa com bolas altas, “o que é uma das suas características”.

Ao analisar a diferença entre os dois jogos, o técnico disse que a vitória contra a Turquia deu mais tranqüilidade à equipe, mas que o jogo contra a República Tcheca pode significar a classificação. “Os jogadores estão conscientes disso”.

Psicologia

Felipão explicou que, depois do primeiro jogo, deu um dia de folga mental aos jogadores. “No segundo dia é que começamos a preparar” a partida contra a República Tcheca. Ele disse ainda que será importante ganhar “para não ter de jogar pela classificação na última partida” (dia 15 contra a Suíça).

A preparação incluiu a análise de vídeos, “para mostrar aos jogadores o que eles vão enfrentar e tentar encontrar soluções”, muita conversa e dois treinos. Scolari ressaltou, contudo, que “temos o nosso estilo e não podemos mudá-lo; temos sim é que tentar impô-lo ao adversário, sabendo que ele têm algumas qualidades que poderão nos causar dificuldades”.

Fiel às suas idéias, Scolari disse que os “seu onze ideal são 23”. Deu exemplos de outras competições em que quase todo o plantel jogou. “Todos são importantes e, à medida que vamos jogando, surgem situações diferentes e todos terão oportunidade de dar sua contribuição. Então não posso dizer que tenho o onze ideal, tenho uma idéia que muitas vezes deve ser modificada”.

Pode dar certo

Dos jogos que viu até agora na Eurocopa, Scolari disse que “Portugal jogou bem, que taticamente a Alemanha é a melhor e que a Holanda fez um grande jogo. Portugal jogou bem, mas há aqui quatro ou cinco seleções candidatas ao título, em melhores condições do que nós. Temos ainda que provar algumas coisas para dizer que temos as mesmas chances dos outros. Se conseguirmos a classificação, vamos ver se chegamos em igualdade de condições com essas outras seleções que têm um retrospecto muito melhor do que o nosso”.

Com relação ao jogo contra os tchecos, Scolari afirmou que vê a equipe “em boas condições físicas, respeitando o adversário”, mas teme a qualidade da República Tcheca, o retrospecto e a história”, antes de concluir que, “com as virtudes da nossa equipe, acho que pode dar certo”.

swissinfo, Claudinê Gonçalves, Neuchâtel

Começamos bem contra a Turquia, mas este será o jogo mais importante para nós porque podemos passar para a segunda fase. Será muito difícil, mas estamos preparados.

O apoio dos imigrantes na Suíça tem sido fantástico e nós sentimos isso. É como se estivéssemos jogando em casa. Sabemos que a vida deles nem sempre é fácil e esperamos que com nossas vitórias eles possam andar com um pouco mais de alegria.

É muito cedo para falar em favoritos. Itália e França não começaram bem, mas ainda podem se recuperar. Alemanha e Holanda jogaram muito bem. Nossa seleção agora está preocupada com o jogo com a República Checa e em passar a primeira fase.

Referindo-se ao atacante checo Koller, 19 cm mas alto do que ele, o zagueiro declarou:

– Vai ser um duelo bastante difícil para mim e para o Pepe, se jogarmos os dois. Ele é mais alto e mais forte, mas nós somos mais rápidos e tentaremos fazer nosso melhor.

Ricardo Carvalho considera o goleio checo Cech (seu colega no Chelsea) como o melhor do mundo. “Vai ser muito difícil batê-lo, mas como humano também pode falhar.”

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