Sébastien Buemi é o novo suíço da Fórmula 1
O piloto de 20 anos assinou contrato com a Toro Rosso, uma espécie de segunda escuderia da Red Bull-Renaut, para a próxima temporada de Fórmula 1.
Ele será o primeiro suíço na elite do automobilismo depois de Jean-Denis Delétraz, em 1995, e responde a algumas perguntas de swissinfo.
Depois de ter tido grandes pilotos, como Clay Ragazzoni e Marc Surer, a Suíça terá agora Sébastian Buemi, 20 anos, na Fórmula 1. O último a tentar a carreira na categoria máxima foi Jean-Denis Déletraz, que disputou três Grandes Prêmios em 1995.
“Ainda não vou ganhar milhões, mas viver do esporte para mim já é muito importante”, declarou o jovem piloto à televisão suíça TSR. “Estou consciente de que a pressão vai aumentar, mas ela faz parte do esporte e temos de conviver com ela”, disse ainda Sébastian Buemi.
Pouco antes de o jovem piloto suíço assinar contrato, o antigo comentarista da televisão suíça, Jacques Deschenaux, grande conhecedor da Fórmula 1, declarou à swissifo: “Sebastian Buemi é um verdadeiro jovem talento. Começou de maneira fulgurante e é um rapaz muito sólido, com uma cabeça muito madura. Além disso, trabalha muito bem com os engenheiros.”
A seguir, trechos da entrevista que Buemi concedeu a Scott Capper, de swissinfo:
swissinfo: Você está contente de entrar em uma escuderia que vai de vento em popa?
Sébastien Buemi: É fantástico. Espero fazer uma boa temporada, mas é preciso ser realista, até porque vai difícil com o novo regulamento. O carro será realmente diferente. Espero que a Red Bull Tecnologia desenvolva um carro muito bom e eu consiga maximizar seu potencial. Tenho uma boa relação com a equipe e quero que continue assim.
O que fez a balança pesar em seu favor?
Sou piloto da equipe júnior da Red Bull e a Toro Rosso foi criada para que os jovens pilotos possam adquirir experiência em Fórmula 1. Creio que os resultados que obtive foram bons e coerentes, como os testes que fiz recentemente. Toro Rosso analisou todos esses resultados como muita atenção.
Nos testes, você foi quase sempre mais rápido nas últimas semanas do que pilotos mais experientes. Como?
Você precisa ter sempre em mente que é muito difícil analisar os resultados dos testes. Algumas escuderias testaram os carros nas normas de 2009, com certas mudanças de tornam os carros mais lentos. Outras fizeram os testes com as normas de 2008. Foi o meu caso, o que me permitiu ser mais constante e rápido. O que ignoramos é quanto vamos perder de velocidade na próxima temporada devido aos novos regulamentos.
As novas regras da FIA são destinadas a reduzir custos e o impacto da tecnologia sobre a prova. É uma vantagem para os novos pilotos ?
Voltar aos pneus slick (lisos, ndlr), por exemplo, é uma coisa boa para mim. A categoria GP2 onde eu corria utiliza esses pneus há dois anos. Porém, as medidas de redução de custos significam que haverá menos testes para os novos pilotos. Haverá menos possibilidade de adquirir experiência e mais pressão na sexta-feira que precede um Grande Prêmio! Será certamente um pouco mais difícil para os jovens atingir a velocidade dos mais experientes, mas, afinal de contas, as condições serão as mesmas para todos. Se você está concentrado em seu trabalho e é suficientemente inteligente, chegará à velocidade necessária no dia da corrida.
As corridas estão proibidas na Suíça. Isso torna o acesso à F 1 mais difícil?
No início, quando participava de provas de kart, era realmente difícil, porque me faltava apoio. Mas fui para o estrangeiro bem cedo para poder participar de campeonatos importantes.
Rapidamente tive o apoio de Red Bull depois que passei para a Fórmula BMW. Eles sempre me ajudaram. Esse apoio não era ligado à minha nacionalidade. Eles estavam interessados na minha maneira de dirigir.
Agora que você chegou à F1, quais são seus sonhos?
Quando você participa de uma prova, especialmente na F1, você quer ganhar, lutar pelo primeiro lugar. Se você não consegue ganhar com sua escuderia, é preciso pensar em mudar de equipe. Atualmente, só duas escuderias são capazes de ganhar o campeonato, Ferrari e McLaren. Dirigir para uma dessas duas escuderias e lutar pelo título de campeão do mundo pode ser o meu sonho. Mas, primeiro eu devo demonstrar que mereço meu lugar na F1 e “reembolsar” minha escuderia pela confiança que depositou em mim.
swissinfo
Nasceu em 31 de outubro de 1988 em Aigle, cantão de Vaud (oeste).
Local de residência: Manama (Bahreïn).
Começou no karting em 1994, passou pelas Fórmulas BMW ADAC (2° em 2005), F3-Euroséries (2° en 2007), A1GP e GP2-Séries europeias e asiáticas (2° na Ásia em 2008).
Andrea Chiesa
3 Grande Prêmios (1992)
Emmanuel de Graffenried
22 (1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1956)
Jean-Denis Deletraz
3 (1994, 1995)
Rudi Fischer
7 (1951, 1952)
Gregor Foitek
7 (1990)
Franco Forini
2 (1987)
Peter Hirt
5 (1951, 1952, 1953)
Loris Kessel
3 (1976)
Michael May
2 (1961)
Silvio Moser
12 (1967, 1968, 1969, 1970, 1971)
Clay Regazzoni
132 (1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980)
Albert Scherrer
1 (1953)
Heinz Schiller
1 (1962)
Rudolf Schoeller
1 (1952)
Jo Siffert
96 (1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971)
Marc Surer
82 (1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986)
Jo Vonlanthen
1 (1975)
Heini Walter
1 (1962)
Foi o piloto suíço de maior experiência e títulos na Fórmula 1. Natural de Mendrisio (sul), ele disputou 132 Grandes Prêmios e ganhou cinco: quatro pela Ferrari e um pela Williams.
Foi vice-campeão mundial em 1974, pela Ferrari.
Em 1980, um acidente no GP de Long Beach, USA, o deixou paraplégico.
Faleceu em dezembro de 2006.
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