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Suíça abandona caso de corrupção no Egito

praça tahrir
Os protestos de 2011 no Egito levaram à derrubada de Hosni Mubarak, que morreu em 2020. Keystone / Khaled El Fiqi

Após uma investigação de uma década, os promotores suíços arquivaram um inquérito sobre vários egípcios ligados à lavagem de dinheiro e ao crime organizado. Cerca de CHF400 milhões em fundos congelados deverão ser liberados.

A investigação data de 2011 e do período após as revoltas da primavera árabe, quando a Procuradoria Geral da Confederação (PGC) lançou um inquérito sobre alegações de que os bancos suíços haviam sido utilizados para esconder fundos indevidamente obtidos pelos aliados do presidente deposto Hosni Mubarak..

O caso, “complexo e extenso”, envolveu inicialmente 14 suspeitos, incluindo os dois filhos de Mubarak, assim como 28 pessoas e 45 pessoas jurídicas. Cerca de CHF600 milhões foram congelados em contas bancárias suíças.

Na quarta-feira, entretanto, a PGC disse que a investigação tinha sido “incapaz de fundamentar suspeitas que justificariam a acusação de qualquer pessoa na Suíça ou qualquer confisco de bens”.

Nenhuma prova concreta

Apesar da estreita cooperação com as autoridades do Egito, onde as investigações também estavam em andamento, certas informações sobre assistência jurídica mútua não foram recebidas – tornando impossível identificar as ligações entre os suspeitos e as atividades corruptas.

“Como resultado, na ausência de provas relacionadas a potenciais delitos cometidos em particular no Egito, não é possível demonstrar que os fundos localizados na Suíça possam ser de origem ilegal”, disse a PGC.

“A suspeita de lavagem de dinheiro não pode, portanto, ser fundamentada com base nas informações disponíveis”.

As investigações sobre cinco suspeitos (não nomeados) devem, portanto, ser abandonadas, e os CHF400 milhões restantes devem ser liberados e devolvidos aos seus “proprietários beneficiários”. O restante dos fundos já foi devolvido entre 2016 e 2018.

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