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CEOs suíços são os mais bem pagos da Europa

Sala de reuniões
O andar de cima das empresas suíças oferece bem mais que uma bela vista. © KEYSTONE / CHRISTIAN BEUTLER

Um relatório sobre os salários dos CEOs em toda a Europa aponta que a Suíça mais uma vez lidera o ranking, à frente da Grã-Bretanha e da Alemanha. Os salários dos altos executivos também registraram um sensível aumento no ano passado.

CHF 8,7 milhões (US$ 9,05 milhões): essa foi a remuneração média dos chefes das principais empresas na Suíça em 2017, segundo o relatório Eurotop 100 deste ano, divulgado na quinta-feira pelo grupo de consultoria Willis Towers Watson.

Assim como no ano passado, a Suíça encontra-se firmemente à frente do ranking europeu de remuneração de CEOs, à frente da Grã-Bretanha (média de 7,21 milhões de francos suíços) e da Alemanha (7,18 milhões de francos suíços).

Sevrin Schwan, CEO do grupo farmacêutico suíço Roche, lidera a lista individual de executivos, embolsando CHF 14,57 milhões por ano. Ele foi seguido pelo brasileiro Carlos Brito, chefe do grupo cervejeiro AB/Inbev (CHF 14.49 milhões) e Sergio Ermotti do banco UBS (CHF 14.16 milhões).

Digno de nota é que, entre as 100 maiores empresas européias, os salários-base dos CEOs suíços correspondem à menor parte de sua remuneração – em 25%, segundo o relatório.

Em vez disso, “componentes de alta variabilidade [como bônus] dão a eles a oportunidade de ganhar muito mais que seus salários”, conforme escreveu Olaf Lang, diretor administrativo da Willis Towers Watson.

As culturas de incentivos salariais diferem em toda a Europa, continua o relatório: na Escandinávia, muito mais ênfase é dada à remuneração fixa (ver tabela abaixo).

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Gatos gordos em dieta

No geral, a remuneração direta total das empresas suíças pesquisadas no relatório ficou praticamente inalterada em relação ao ano passado, em + 0,1%. A mediana europeia subiu cerca de 5%.

Em março de 2013, os eleitores suíços apoiaram uma iniciativa para reduzir os altos salários dos executivos “gatos gordos”. Contudo, em outra votação no mesmo ano ano, eles rejeitaram a proposta de limitar o pagamento dos executivos a 12 vezes o salário mais baixo de sua empresa.

Assim, embora os acionistas de empresas listadas tenham agora votos vinculados nos pacotes de remuneração, e vários tipos de bônus, como contratos de rescisão conhecidos como “pára-quedas de ouro”, sejam proibidos, a iniciativa não parece ter tido muito efeito sobre o volume dos salários mais altos.

No entanto, novas regras que estão sendo preparadas na Europa podem ter um impacto sobre a remuneração na Suíça. A nova diretiva de direitos dos acionistas da União Europeia (SRD) exige a adoção de voto vinculativo dos acionistas (ou seja, que obriga sua implementação) sobre a política de remuneração e uma votação não vinculante sobre os salários individuais dos executivos.

As empresas também devem divulgar a relação entre os pacotes de pagamento mais altos e mais baixos. A diretiva deve ser implementada até junho de 2019.

swissinfo/ets

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