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Um quarto dos suíços querem fechar fronteira com a Itália

Two men carry a coffin
Uma equipe médica carrega o caixão de uma idosa italiana de um hotel em Laigueglia, noroeste da Itália. Ela havia testado positivo para Covid-19. O hotel foi colocado em quarentena Keystone

Embora um em cada quatro suíços entrevistados ache que a fronteira com a Itália deva ser fechada por causa da epidemia de coronavírus, a maioria dos entrevistados apoia a gestão e as medidas do governo suíço.

Por exemplo, 76% dos entrevistados pelo jornal SonntagsBlickLink externo consideraram apropriada a proibição de eventos com mais de 1000 pessoas. Além disso, 86% consideraram que o Ministério da Saúde fornece informações suficientes sobre o vírus.

A pesquisa de opinião, realizada de 3 a 6 de março com 1074 pessoas em todo o país, também descobriu que dois terços se sentiam com pouca ou nenhuma ameaça com relação ao vírus, 24% classificaram o risco de Covid-19 como médio, 8% como alto. Os valores quase não mudaram em comparação com a semana anterior.

Um quarto das pessoas era a favor de fechar as fronteiras com a Itália, que é um dos países mais afetados pelo vírus, junto com China, Coreia do Sul e Irã.

No domingo (8), a Itália declarou quarentena para uma faixa da região Norte do país, em uma tentativa drástica de conter um surto de Covid-19 em rápido crescimento (ver caixa).

Até agora, o governo suíço e os ministros da saúde europeus se manifestaram contra o fechamento das fronteiras por causa das consequências de longo alcance.

Medidas de prevenção

Segundo a pesquisa de opinião do SonntagsBlick, a população suíça segue amplamente as medidas de prevenção recomendadas pelo governo. A lavagem frequente das mãos fazia parte dessas medidas para 93% dos pesquisados, 76% evitavam apertar as mãos e mais da metade evitava viajar para o exterior.

Por outro lado, os entrevistados não pensaram muito em máscaras faciais: nem um em cada dez considerou usar uma.

Atualmente, na Suíça existem 281 casos diagnosticados de Covid-19, informou o ministério no domingo. Duas pessoas morreram.


Itália

As restrições sem precedentes decretadas pela Itália, que afetarão cerca de 16 milhões de pessoas e permanecerão em vigor até 3 de abril, foram firmadas durante a noite pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte.

As novas medidas dizem que as pessoas não devem entrar ou sair da Lombardia, a região mais rica da Itália, além de 14 províncias em quatro outras regiões, incluindo as cidades de Veneza, Modena, Parma, Piacenza, Reggio Emilia e Rimini.

Conte disse que ninguém poderá entrar ou sair dessas áreas, ou dentro delas, a menos que tenham provado razões relacionadas ao trabalho ou problemas de saúde.

As mortes pelo vírus na Itália também aumentaram, de 36 para 233, enquanto o número de pacientes em terapia intensiva subiu para 567, um aumento de 23% em relação ao dia anterior. Dos 5883 italianos originalmente infectados, 589 se recuperaram totalmente, mas o sistema hospitalar está sob crescente tensão.

As regiões do norte da Lombardia, Emilia-Romagna e Veneto representam 85% de todos os casos e 92% das mortes registradas.


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swissinfo.ch/fh

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