![Grafik - Ausländer](https://www.swissinfo.ch/content/wp-content/uploads/sites/13/2020/02/f02cd48d1725989c60e21df842669051-09_stimmrecht_auslaender-data.jpg)
Suíça – uma democracia de duas classes
A Suíça é um país democrático, cujo sistema é invejado por muitos outros países. Mas de fato, a verdadeira democracia só começou a partir de 1971: foi quando as mulheres conquistaram o direito de voto. No entanto, os estrangeiros ainda não dispõem desses direitos.
Os estrangeiros pagam impostos, contribuem à previdência social, ao seguro-desemprego e participam da economia doméstica. No entanto, por não ter direitos políticos, um quarto dos 8,6 milhões dos habitantes do país são considerados cidadãos de segunda classe.
![Queios representados como montanhas](https://www.swissinfo.ch/content/wp-content/uploads/sites/13/2019/03/680509bd55ab14ddf04856bb3dc23b38-49074699-data.jpg)
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Democracia dos 25% que não participam
Uma dessas pessoas é Paola Palmieri. “Nasci na Basileia em 1977. Meu visto de estrangeiro foi expedido na minha data de nascimento. Aqui fui à escola e aqui é a minha casa”, diz.
Mas ela só vota na Itália, os pais de onde os pais vieram. E qual a razão? É porque na Suíça, os direitos políticos dependem da cidadania do eleitor.
![](https://www.swissinfo.ch/content/wp-content/uploads/sites/13/2024/01/switzerland-as-an-immigration-country-icon-70955346.png)
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Se naturalizar
Em nível estadual, os estrangeiros só podem votar em dois cantões: Neuchâtel e Jura (no total são 26). Em nível municipal já são cinco: além dos dois, Friburgo, Vaud e Genebra.
Apesar de os cantões gemanófonos serem menos liberais do que os francófonos na questão do direito de voto para estrangeiros, Appenzell Exterior, Basileia-cidade e Grisões têm leis que permitem estrangeiros votar em assuntos municipais.
No total, os estrangeiros têm direito à participação política em 600, dos 2.202 municípios.
PLACEHOLDERO direito de voto para estrangeiros tem pouca chance de aprovação em nível nacional. “Sem passaporte, sem participação” é a posição da maioria dos partidos de centro e direita. “O direito de voto não pode ser dado gratuitamente. É preciso lutar para tê-lo. A única forma é através da naturalização”, defende Thomas Burgherr, deputado-federal pelo Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão)
![](https://www.swissinfo.ch/content/wp-content/uploads/sites/13/2016/03/1dff264f5512e92fd3095776000035a0---data.jpg)
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O direito de voto não deve ser gratuito
Os pragmáticos focalizam mais sobre o nível comunal. Um deles é Joachim Blatter. A Suíça exclui mais pessoas do sistema democrático do que a maioria dos vizinhos europeus, afirma o professor de ciências políticas na Universidade de Lucerna. Em sua opinião, qualquer um deveria poder votar se viveu mais de cinco anos no mesmo município.
Blatter é parte de uma nova dinâmica que surge especialmente nas regiões urbanas como Zurique e Basileia. Mas também nas regiões de montanha da Suíça a questão do direito de voto para estrangeiros também é debatida. Um exemplo é dado pela conhecida estação de esqui de St. Moritz.
![Christian Jott Jenny](https://www.swissinfo.ch/content/wp-content/uploads/sites/13/2019/05/abecd2d89a81acf8d0a619b8a694697d-371132425_highres-jpg-data.jpg)
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O músico que se tornou prefeito de St. Moritz
O município de Kloten, que abriga o Aeroporto Internacional de Zurique, organiza encontros regulares para suíços e estrangeiros que ainda não têm direito de voto. Aqui acompanhamos um deles.
![Junger Mann, der von swissinfo befragt wird](https://www.swissinfo.ch/content/wp-content/uploads/sites/13/2019/08/1d9be88fb5b617bf035776e0cbba043f-landsgemeinde-kloten_vid_pic1-data.jpg)
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Garoto consegue participar de votação
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