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Suíça – uma democracia de duas classes

A Suíça é um país democrático, cujo sistema é invejado por muitos outros países. Mas de fato, a verdadeira democracia só começou a partir de 1971: foi quando as mulheres conquistaram o direito de voto. No entanto, os estrangeiros ainda não dispõem desses direitos.

Os estrangeiros pagam impostos, contribuem à previdência social, ao seguro-desemprego e participam da economia doméstica. No entanto, por não ter direitos políticos, um quarto dos 8,6 milhões dos habitantes do país são considerados cidadãos de segunda classe.

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Queios representados como montanhas

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Democracia dos 25% que não participam

Este conteúdo foi publicado em Inclusão política é muito mais do que discutir sobre o queijo preferido. Em comparação internacional, a Suíça acaba perdendo as primeiras posições no ranking das democracias exatamente pela dificuldade que tem de integrar sua população estrangeira. Se a integração política fosse apresentada como queijo, a Suécia seria um “Emmentaler”: seus grandes furos representam os baixos…

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Uma dessas pessoas é Paola Palmieri.  “Nasci na Basileia em 1977. Meu visto de estrangeiro foi expedido na minha data de nascimento. Aqui fui à escola e aqui é a minha casa”, diz.

Mas ela só vota na Itália, os pais de onde os pais vieram. E qual a razão? É porque na Suíça, os direitos políticos dependem da cidadania do eleitor.

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Se naturalizar

Ao contrário do que acontece em países de imigração tradicionais como os Estados Unidos ou a Austrália, uma criança nascida na Suíça não adquire automaticamente a nacionalidade suíça.  É-se suíço desde o nascimento: filho de pais casados, dos quais ao menos um é suíço, filho de mãe suíça solteira, filho de pai suíço solteiro, se…

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Em nível estadual, os estrangeiros só podem votar em dois cantões: Neuchâtel e Jura (no total são 26). Em nível municipal já são cinco: além dos dois, Friburgo, Vaud e Genebra.

Apesar de os cantões gemanófonos serem menos liberais do que os francófonos na questão do direito de voto para estrangeiros, Appenzell Exterior, Basileia-cidade e Grisões têm leis que permitem estrangeiros votar em assuntos municipais.

No total, os estrangeiros têm direito à participação política em 600, dos 2.202 municípios.

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O direito de voto para estrangeiros tem pouca chance de aprovação em nível nacional. “Sem passaporte, sem participação” é a posição da maioria dos partidos de centro e direita. “O direito de voto não pode ser dado gratuitamente. É preciso lutar para tê-lo. A única forma é através da naturalização”, defende Thomas Burgherr, deputado-federal pelo Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão)

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Logotipo com copo

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O direito de voto não deve ser gratuito

Este conteúdo foi publicado em Vai levar tempo até que a Suíça conceda o direito de voto aos estrangeiros. Os acalorados debates realizados em Aarau deram um exemplo. “Os suíços do estrangeiro são também estrangeiros em seus países de residência. Eles geralmente têm uma opinião forte sobre a Suíça e muitas vezes são ativos na política do país de acolho”,…

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Os pragmáticos focalizam mais sobre o nível comunal. Um deles é Joachim Blatter. A Suíça exclui mais pessoas do sistema democrático do que a maioria dos vizinhos europeus, afirma o professor de ciências políticas na Universidade de Lucerna. Em sua opinião, qualquer um deveria poder votar se viveu mais de cinco anos no mesmo município.

Blatter é parte de uma nova dinâmica que surge especialmente nas regiões urbanas como Zurique e Basileia. Mas também nas regiões de montanha da Suíça a questão do direito de voto para estrangeiros também é debatida. Um exemplo é dado pela conhecida estação de esqui de St. Moritz.

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Christian Jott Jenny

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O músico que se tornou prefeito de St. Moritz

Este conteúdo foi publicado em O prefeito chega trajando sapatos brancos, terno azul e um lenço vermelho pregado no bolso. Christian Jott JennyLink externo sobe no palco. O novo prefeito de St. Moritz assumiu o cargo no início do ano. Nessa noite, no pomposo salão de teatro do Hotel Rainha Vitoria, com os seus grandes lustres e pinturas de teto,…

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O município de Kloten, que abriga o Aeroporto Internacional de Zurique, organiza encontros regulares para suíços e estrangeiros que ainda não têm direito de voto. Aqui acompanhamos um deles.

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