Agricultura biológica continua crescendo
Cultivar a terra com métodos que respeitem o meio ambiente é a solução cada vez adotada pelos agricultores suíços. O faturamento do setor cresceu 18% no ano passado e quase 10% da área cultivada obedece aos critérios ambientalistas. A demanda dos consumidores é forte e a recoversão é incentivada pelo governo.
Produzir menos, com melhor qualidade e respeitando a biodiversidade é a conceito cada vez mais freqüente na agricultura suíça. 10% dos agricultores já abondonaram agrotóxicos, adubos e colorantes para adotar critérios mais respeitosos do meio ambiente.
Em 10 anos de incentivo à agricultora biológica, Suíça e Áustria tornaram-se líderes mundiais do setor, segundo Christof Dietler, secretário geral da Biosuisse, associação dos produtores bio no país.
A Biosuisse estabelece critérios para os produtos biológicos e controla sua aplicação. Para obter a etiqueta bio, símbolo de qualidade, o agricultor precisa, entre outros, respeitar a biodiversidade natural, abandonar os tratamentos químicos ou sintéticos nos cultivos e colorantes e aromatizantes na conservação do produto.
A idéia é que agricultor produza menos, com melhor qualidade e cobre um preço mais alto. Por outro lado, o consumidor informado aceita pagar mais caro pelo produto. Na Suíça está dando certo.
O mercado está em forte expansão. O faturamento cresceu 18% e chegou a 453 milhões de dólares no ano passado, segundo Biosuisse. 10% dos agricultores, ocupando 9% da área cultivada cultivam 4.500 produtos com a etiqueta bio. Existem 5.852 propriedades agrícolas bio e, só no passado, 690 produtores iniciaram sua reconversão.
O estado mais “bio” da Suíça é Grisões, região leste, com 43% da área cultivada. O menos “bio” é Fribourg, com 2,4%. A reconversão se intensifica porque há demanda dos consumidores mas também porque há incentivos do governo.
A Suíça ainda tem uma das agriculturas mais subvencionadas do mundo mas, devido os acordos da OMC, Organização Mundial do Comércio, estão sendo reduzidas as subvenções diretas à produção e à exportação. A tendência foi novamente confirmada, quarta-feira, 28.3, pelo negociador suíço na OMC, embaixador Luzius Wasescha.
swissinfo com agências
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