Confusão na direção da Crossair
O conselho de administração da companhia que vai substituir a Swissair ainda nem tomou posse e já está dividido, apesar do Parlamento ter aprovado verba de 2,1 bilhões de francos.
Em duas entrevistas separadas publicadas pela imprensa suíça, o diretor-geral André Dosé e o futuro presidente do conselho de administração, Pieter Bouw, divergem sobre participação da Crosair nas grandes alianças entre companhias aéreas.
E isso, mesmo depois do Parlamento ter aprovado, sem surpresa, em sessão extraordinária, o crédito de 2,1 bilhões de francos suíços (US 1,2 bilhão) proposto pelo governo para manter os vôos da Swissair até março e para participar do capital da nova Crossair, que vai retomar parte dos vôos da Swissair, em abril.
Visões diferentes
Segundo especialistas, a nova companhia suíça poder sobreviver sem participar de uma aliança com companhias maiores. Atualmente existem três alianças: Star Alliance (dirigida por Lufthansa e United Airlines), OneWord (British Airways e American Airlines) e SkyTeam (Air France e Delta).
O futuro presidente do conselho de administração da Crossair, o holandês Pieter Bouw, acha que é possível formar uma quarta aliança, por exemplo com a Alitalia e a KLM, que ele já dirigiu. Foi o que declarou ao jornal SonntgsZeitung, domingo.
Segunda-feira, em entrevista ao jornal Blick, de Zurique, o diretor geral da Crossair, André Dosé, afirma que “não é realista” formar uma outra aliança rapidamente. Afirma ainda “que é justamente essa estratégia que não funcionou na Swissair”, referindo-se à aliança Qualiflyer, que não deu certo.
Dosé confirma que está em negociação com as três alianças existentes. A decisão será tomada até a próxima assembléia, dia 6 de dezembro, que vai eleger o novo conselho de administração.
swissinfo com agências
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