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Deutsche Bank tem patrão suíço

Josef Ackermann tem desafios pela frente Keystone

Josef Ackermann, 54 anos, assumiu no início da semana a direção do maior banco europeu, o Deutsche Bank.

Como patrão do DB Josef Ackermann é um dos mais poderosos banqueiros do mundo. A instituição tem 90 mil empregados e 12 milhões de clientes em 70 países.

Ackermann entra na vaga de Rolf Breuer, tornando-se o primeiro estrangeiro a governar o banco alemão, onde trabalha nos órgãos de direção desde 1996. Ele se sobressaiu pela maneira rápida e eficaz de integrar Bankers Trust, adquirido em 1998, e pelo bom desempenho nas operações de investimento do grupo.

Trajetória

Filho de médico e enfermeira, Josef Ackermann nasceu em Mels, St. Gallen, nordeste suíço. Seus estudos superiores foram realizados na famosa Escola de Altos Estudos de St.Gallen (de forte tendência neo-liberal), onde fez doutoramento em ciências econômicas em 1977.

No mesmo ano entrou no Crédit Suisse (CS). Dezesseis anos depois chegava à hierarquia, ocupando a segunda posição no banco, atrás de Rainer Gut.

Em 1996, o CS passa por grande transformação, buscando desempenhar papel internacional de maior destaque. É quando surge o Credit Suisse Group, com Lukas Mühleman, como patrão. “Divergências de pontos de vista”, que se poderiam provavelmente traduzir por “luta pelo poder”, levou Ackermann à renúncia e à sua carreira na Alemanha.

Reformas

Sua escolha como patrão, na vaga de Rolf Breuer, foi feita em setembro de 2000. Desde então ele vem promovendo os negócios internacionais do Deutsche Bank e modernizando a instituição: reduziu a direção de oito a 5 membros e criou um comitê executivo de 12 pessoas, encarregado da gestão do dia-a-dia.

Essas iniciativas nem sempre são aplaudidas. E já se prevê oposição ao programa que a DB está aplicando no sentido de reduzir custos. Estão previstos corte de empregos e uma economia de € 2 bilhões até fim do ano que vem.

Metas

Entre as prioridades do banco figuram justamente uma redução de despesas e aumento dos lucros. A capitalização de € 48,3 bilhões é considerada fraca, levado a especulação de que o Deutsche Bank possa ser absorvido por um outro grupo.

Mas o DB quer acelerar venda de ações a grandes empresas alemãs e melhorar os rendimentos. Tudo deve depender de uma melhora da conjuntura econômica.

swissinfo

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