Febre aftosa muda hábitos alimentares
Escaldados pela doença da vaca louca e agora pela febre aftosa, os consumidores europeus, incluindo os suíços, já pensam duas vezes antes de consumir carne. Em conseqüência explodem os produtos alternativos. Uma das preferências tem sido os produtos vegetarianos
O fenômeno generaliza-se pelo menos no centro da Europa. Na Suíça, as pessoas estão muito mais atentas a produtos que consomem. E se vaca louca e febre aftosa facilitaram o escoamento de carnes de cordeiro, de cavalo ou avestruz, a demanda maior tem sido de produtos vegetarianos.
Imagens recentes de fogueiras para incinerar reses aos milhares parecem ter impressionado muita gente. A Associação suíça para o “Vegetarismo” – ASV- registra forte aumento de pedidos de informação. “As pessoas (em particular os jovens) desconfiam da carne e querem conselhos sobre a alimentação vegetariana”, explica Renée Maier, uma das responsáveis da entidade.
Especialistas estimam que o mercado de alimentação sem carne aumentou até 250% nos últimos meses. E segundo Rolf Hiltl, que é tido como “o papa do vegetarismo” na Suíça, a demanda de alimentação sem carne tem aumentado desde 1997.
Migros, a maior rede suíça de supermercados (e verdadeira instituição no país) afirma que a venda de seus produtos de substituição da linha “cornatur”, à base de cogumelos, aumentou 50%.
A rejeição da carne é mais categórica entre militantes vegetarianos. A norma fundamental para eles é: “não se deve comer nossos amigos” (animais).
swissinfo com agências
Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.