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Forum de Davos abre em clima de tensão

Autoridades não brincam com segurança swissinfo.ch

Mais de 3 mil líderes representantes da política, empresas, ciência, cultura e a mídia, iniciaram a 31a. edição do encontro anual do Forum Econômico Mundial, em Davos, nos Alpes suíços. Em clima de forte tensão com ameaças de protestos, os participantes vão debater as disparidades e o futuro da globalização. Nas primeiras intervenções foi destacado o risco de recessão nos Estados Unidos.

Considerado o encontro de maior densidade de responsáveis políticos e econômicos por metro quadrado no mundo, o simpósio de Davos é acusado de ser um dos principais promotores de uma globalização desigual da economia.


Manifestantes anti-globalização prometeram desafiar veto das autoridades com uma manifestação sábado dia 27, criando um clima de forte tensão no tranqüilo centro turístico, no leste suíço.

“Davos em pé de guerra”, escrevia esta semana um jornal suíço, aludindo ao esquema de segurança montado na cidade, onde soldados do Exército, guardas fronteiriços e centenas de policiais, com cães, veículos especiais e helicópteros, devem garantir a segurança dos ilustres participantes.

O objetivo é evitar repetição de distúrbios do ano passado, quando manifestantes acabaram quebrando algumas vitrinas e dando trabalho a forças de manutenção da ordem, pouco preparadas para um quebra-quebra.

O Forum de Davos coincide com uma vasta manifestação alternativa realizada simultaneamente na cidade brasileira de Porto Alegre com a participação de conhecidos intelectuais e centenas de representantes de ONGs, contrários à filosofia de Davos.

Os primeiros oradores expressaram temores de eventual recessão norte-americana neste ano. O ex-presidente do Banco Central de Israel, Jacob Frenkel, realçou que não se tratava de uma recessão global, mas de um crescimento não sustentável da economia dos Estados Unidos.

Outros economistas estimaram que a Europa continuará crescendo, enfatizando que a situação é menos rósea para o Japão. O Forum discutirá também sobre o futuro do e-comércio, após o colapso de grandes empresas do setor.

Com a contestatação anti-globalização ganhando terreno o Forum de Davos – em atitude defensiva – afirma ser favorável a uma globalização mais humana, que evite estragos sociais. Afirma também promover políticas mais solidárias, para o interesse de todos.

swissinfo

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