Internet transtorna setor bancário
A Internet ganha crescente espaço no setor bancário. Na Europa Ocidental, 18 por cento dos clientes gerem seus negócios nos bancos pela Rede. Na prudente Suíça, eles já representam 10 por cento. Já se pergunta se o e-banco será o banco do futuro.
O século XXI que estamos começando pode representar o fim dos bancos tradicionais, estabelecimentos centenários ou bicentenários. Na Europa Ocidental, em 1999, 28 milhões de pessoas tinham uma conta corrente pela Internet. Essa número pode triplicar em dois anos. Atualmente 18 por cento dos europeus ocidentais já podem gerir seus negócios bancários “on-line”.
A Rede está modificando as relações entre os bancos e seus clientes. Cansados com os importantes preços das comissões impostos pelos bancos, número crescente de investidores utiliza a Internet para dar ordens de transações bancárias. Os custos ficam assim reduzidos pelo menos à metade.
Na Suíça, os que investem na Bolsa podem negociar ações on-line por intermédio de pelo menos 20 empresas. Assim, 250 mil pessoas sentam-se diante do computador para investir. Se mais de 10 por cento das ordens de investimento já chegam pela Rede, especialistas avaliam que dentro de 5 anos essa proporção se situe entre 25 e 50 por cento.
Diante da agressividade desses novos investidores, os estabelecimentos financeiros clássicos tiveram que reagir. Dez dos 25 maiores bancos europeus anunciaram projeto de sites “on-line”.
No Credit Suisse, até já é possível negociar títulos por um telefone celular, ou por um assistente pessoal eletrônico (Palm), fazendo com que as transações independam do lugar e da hora.
No entanto, se há um ano, o banco o “banco eletrônico” entusiasmava, os banqueiros mostram-se menos eufóricos. Para amortizar centenas de milhões de dólares investidos na instalação de uma “plataforma internet”, é preciso gerar volumes de negócios importantes. Atualmente, são modestos para dar lucros.
Considera-se que os internautas sejam ainda pouco numerosos e o cidadão comum não dá sinal de que já esteja disposto a confiar seu dinheiro a uma entidade invisível. Os clientes receiam que o sistema informatico se emperre, receiam a pirataria no setor ou simplesmente falência desse novo tipo de banco.
Luigino Canal / Adapt. J.Gabriel Barbosa.
Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.