Investimento de US$ 6 milhões no ensino sul-africano
Em parceria com o setor privado, o serviço oficial de ajuda suíça ao desenvolvimento criou em Joanesburgo uma fundação de 10 milhões de francos - 6,1 milhões de dólares - para promover o ensino profissional sul-africano. A iniciativa não visaria retocar a imagem da Suíça, criticada pelo seu envolvimento com o regime do apartheid.
Os 10 milhões de francos “para a promoção de escolas e do ensino profissional” serão investidos eqüitativamente pela Divisão de Desenvolvimento e Cooperação, orgão governamental e pelas empresas suíças, uma cooperação considerada “inédita” no mundo entre os setores público e privado.
O orçamento anual da Fundação é de 2 milhões de francos. E deve continuar por 5 anos essa partilha dos custos, também na base de 50% para cada setor.
Entre as empresas implicadas no projeto figuram as do setor químico-farmacêutico (Ciba e Novartis), bancário (UBS e Credit Suisse) e industrial como a Schindler, conhecido fabricante de elevadores, implantado inclusive no Brasil.
A África do Sul registra alto índice de desemprego – entre 30 e 40% mas pode chegar a 60% – e elevado número de evasão escolar.
Um dos objetivos principais da Fundação é abrir perspectivas de emprego para a juventude, ministrando uma formação adequada aos jovens. Organizações não governamentais se incumbiriam dessa tarefa.
Há mais de 200 empresas suíças na África Sul e a Suíça é o quarto investidor no país.
Embora não seja intenção anunciada, essa fundação servirá certamente para retocar a imagem da Suíça na África do Sul. A Suíça conservou relações comerciais privilegiadas com Pretória em pleno regime do apartheid. Em nome de sua neutralidade, foi um dos únicos países a não participar de embargo comercial geral decretado na época pelas Nações Unidas. Só evitou vender armas ao país.
swissinfo com agências
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