Executivos internacionais otimistas com a economia global
O otimismo de executivos suíços de que suas empresas irão crescer nos próximos dobrou em relação ao ano passado. Eles acompanham uma tendência revelada antes do início do WEF.
Cerca de 34% dos executivos estão “muito confiantes no crescimento de sua companhia nos próximos 12 meses”. É o que mostra a 20a. edição de uma pesquisa anual realizada pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC).
Já no ano passado essa marca ficou em apenas 16%. Mundialmente, 38% dos executivos mundiais têm alta confiança nos seus negócios, mas as expectativas diminuem quando questionados sobre a economia global. Apenas 30% dos CEOs esperam um crescimento da economia global no ano, comparado a 27% do ano anterior.
Além disso, as tendências geopolíticas como excesso de regulamentação, incerteza econômica e a disponibilidade de capacidades profissionais foram as questões que mais preocupam os executivos em 2017, como mostra a pesquisa da PwC. Os riscos do protecionismo ocupam 60% das inquietações dos líderes empresariais.
A pesquisa também mostrou que os executivos são mais propensos de ver a globalização como algo favorável do que o público geral: 60% deles afirmam que a livre-circulação de capital, pessoas, mercadorias e informação têm tido um impacto positivo, enquanto que 38% do público compartilha a mesma opinião.
A decisão britânica de sair da União Europeia e a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos não afetaram os planos dos CEOs de investir nesses países, mostra também a pesquisa. Bob Moritz, presidente da PwC, ressaltou que “mais executivos no mundo estão planejando investir na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos que no ano passado.”
Mundialmente, os EUA, Alemanha e a Grã-Bretanha se tornaram mercados mais interessantes para os executivos do que os emergentes como Brasil, Índia, Rússia e Argentina.
Em geral, os executivos internacionais nomearam os EUA, China, Alemanha, Grã-Bretanha e Japão como os cinco principais países de crescimento – sendo que a Grã-Bretanha desfruta de um impulso especial. Em comparação com o ano passado, 4% a mais CEOs dos Estados Unidos veem a Grã-Bretanha com potencial de crescimento, assim como 11% da China, 8% da Alemanha e 25% da Suíça.
O enviado especial do jornal brasileiro “Estado de São Paulo”, Rolf Kuntz, apontou os resultadosLink externo da pesquisa da ótica brasileira.
“…Executivos brasileiros estão entre os mais otimistas do mundo quanto ao futuro de seus negócios, mas poucos pretendem contratar neste ano, segundo pesquisa divulgada pela PwC no âmbito do Fórum Econômico Mundial em Davos, nos alpes suíços…
Espantosos 57% (a palavra original é “astonishing”) estão “muito confiantes no crescimento de sua companhia nos próximos 12 meses”, de acordo com o relatório. Na média global, só 38% dos entrevistados mostraram a mesma confiança. No Brasil, no ano passado, só 24% deram essa resposta. Quando o prazo é alongado para três anos, 79% – 25 pontos mais que na pesquisa anterior – apostam no crescimento. A média global, nesse quesito, ficou em 51%.
O país continua entre os mais atrativos para o investimento estrangeiro, mas perdeu várias posições nessa lista nos últimos anos.
Em 2011, 19% dos consultados apontaram o Brasil como um bom lugar para investir. Os primeiros cinco eram China (39%), Estados Unidos (21%), Brasil (19%), Índia (18%) e Alemanha (12%). O país está hoje fora da lista dos cinco primeiros. Estados Unidos (43%) passaram à liderança, seguidos de China (33%), Alemanha (17%), Reino Unido (15%) e Japão (8%). Índia e Brasil aparecem depois, cada um com 7%, na sétima posição – o País aparecia em sexto no ano passado…”
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