OCDE sugere mais liberalismo
A Suíça continua sendo um país rico mas a diferença está sendo reduzida há 20 anos. A constatação é do relatório 2002 sobre a economia suíça, divulgado quinta-feira (30/5) pela OCDE, grupo dos 30 países mais industrializados.
Uma vez por ano os técnicos da OCDE passam em revista as economias de seus países membros e faz sugestões para estimular o crescimento.
Causas estruturais
O diagnóstico do relatório 2002 é que a economia suíça continua tendo um contexto macro-econômico muito sólido mas está crescendo pouco. O remédio sugerido é uma dose mais forte de liberalização em vários setores.
A previsão de crescimento do PIB este ano é de 1%. Para 2003, o Produto Interno Bruto deve crescer 2,25%.
A perda geral de confiança depois dos atentados nos EUA, as conseqüências da falência da Swissair e alta do franco suíço ainda vão pesar este ano, afirma a OCDE. Em 2003, a Suíça vai se beneficiar do clima geral de retomada do crescimento, segundo os técnicos.
Eles ainda classificam a Suíça no grupo dos mais ricos mas afirmam que a diferença com outros países está sendo reduzida há 20 anos principalmente por duas razões estruturais: a produtividade cresce pouco e os preços estão muito altos.
Mais concorrência
Os economistas da OCDE calculam que a liberalização cumulada dos setores da agricultura, saúde e eletricidade e gaz provocariam alta de 4 a 7% do PIB. Quanto à agricultura, observa-se uma diferença de preços com os países membros, que não tem sido reduzida nos últimos anos. Advertem que a política de pagamentos diretos ao produtor não deve servir de pretexto para manter altas subvenções.
A sugestão para incentivar a concorrência também se aplica a outros setores como a indústria farmacêutica e ao sistema de importação e venda de automóveis.
A política monetária do Banco Central (BNS) e a política orçamentária restritiva do governo foram elogiadas.
swissinfo com agências
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