Plano de reconversão da dívida deve continuar
O governo suíço precisa prosseguir seu programa de redução da dívida externa dos países pobres. O apelo é das ongs que participam do projeto. Ao completar 10 anos, o plano suíço conseguiu reconventer em projetos sociais um total de 2 bilhões de francos em 19 países.
O programa “inovador” iniciado há 10 anos pelo governo suíço atingiu seus objetivos, avalia o prof. Rolf Kappel, da Escola Politécnica federal de Zurique.
Aplicado a 19 países entre os mais pobres do mundo, o plano foi aplicado pela Secretaria de Estado da Economia (Seco), pela Divisão de Desenvolvimento e Cooperação (DDC) e por um grupo de organizações não governamentais suíças (CT).
O plano, também chamado de “desendividamento criativo”, consiste em comprar as dívidas públicas e privadas junto aos credores e aplicar o montande em projetos sociais em benefício da população mais carente desses países. As operações financeiras são dirigidas pela Seco e os projetos de reconversão têm a supervisão da DDC e são aplicados pelas ongs.
Os países beneficiados têm indicadores econonômicos superiores a outros países comparáveis, afirmou o prof. Kappel. Isso é devido também a outros fatores mas o programa suíço de revonversão da dívida contribuiu para o desenvolvimento, segundo o estudo da Politécnica de Zurique.
Nos últimos anos, o governo suíço tem contribuido nos planos multilaterais de reconversão da dívida. Eles vão na “mesma direção” do programa suíço, afirmou o diretor da DDC, Walter Fust.
Esse plano, no entanto, deve continuar, afirma Peter Niggli, coordenador do grupo de ongs suíças envolvidas no projeto. Para ele, a dívida é “insuportável, e o plano não resolve todos os problemas. Uma das questões são as “altas exigências”, segundo Niggli, “10 vezes superior ao que foi exigido para anular a dívida da Alemanha, em 1953”.
Ele defende o que chama de “estratégia de desendividamento sustentável”, com planos de reconversão da dívida de todos os países pobres.
A partir dos anos 80, a dívidas dos países em desenvolvimento aumentou globalmente de 73%, atingindo 2,5 trilhões de dólares, segundo dados da Seco. Os PVD pagam por ano aproximadamente 200 bilhões de dólares de juros, 4 vezes mais do que recebem como ajuda ao desenvolvimento.
swissinfo com agências.
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